Reflexão
Autor: Andrei Pleshu,
filósofo romeno.
“No Brasil,
ninguém tem a obrigação de ser normal. Se fosse só isso, estaria bem. Esse é o
Brasil tolerante, bonachão, que prefere o desleixo moral ao risco da severidade
injusta. Mas há no fundo dele um Brasil temível, o Brasil do caos obrigatório,
que rejeita a ordem, a clareza e a verdade como se fossem pecados capitais. O
Brasil onde ser normal não é só desnecessário: é proibido. O
Brasil onde você pode dizer que dois mais dois são cinco, sete ou nove e meio,
mas, se diz que são quatro, sente nos olhares em torno o fogo do rancor ou o
gelo do desprezo. Sobretudo se insiste que pode provar”.
Mesmo concordando com o pensamento
acima do filósofo Andrei Pieshu de ser o Brasil um país esquizofrênico, avesso a
verdade absoluta dos números, de gráficos e de tabelas, constatado por mim após
46 anos dedicados ao estudo da macroeconomia e de contas nacionais, porém como
o assunto está impregnado no meu “DNA” continuarei a escrever para um pequeno
número de pessoas.
Como
seria o Brasil se todos os brasileiros tivessem interesse em conhecer a verdade
absoluta dos números reais do Brasil, conforme abaixo demonstrado?
Infelizmente,
raramente recebo alguma manifestação sobre os assuntos abordados, e que jamais
foram divulgados pela grande mídia, apesar dos números serem divulgados
religiosamente pelo governo.
Nos
meus 46 anos de atividade profissional posso garantir que o governo federal
jamais deixou ou dificultou a divulgação dos números das contas nacionais, e
que estão disponíveis na internet nos sites do governo federal (IBGE,
Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento, Ministério da Previdência,
Banco Central do Brasil) para qualquer pessoa no planeta, apenas falta
interesse da sociedade brasileira em conhecer o assunto, com isso, no Brasil, o
debate fica restrito apenas no campo da masturbação mental ideológica, onde todos mentem para todos o tempo todo,
desprezando a verdade.
Segue abaixo resumo das contas nacionais atualizados com base no ano de
2013.
Ricardo Bergamini
Prestação de Contas do
Governo Dilma
Base: Ano de 2013
Memórias de cálculos
Indicadores utilizados no estudo
a) PIB de 2013 - R$ 4.838,0 bilhões.
b) Com base no dólar médio de 2013 de R$
2,1738 estamos estimando um PIB de US$ 2.225,6 bilhões para o ano
corrente.
c) Em 2013 o IGPM foi de 5,5257% e o IPCA de
5,9108%.
Análise da Política Fiscal
da União – Fonte MF
Base: de Janeiro de 1995 até
Dezembro de 2013
Perfil das Despesas da
União
Fonte de Consulta MF - Base
R$ bilhões
Órgãos
|
1995/2002
|
% PIB
|
2003/2010
|
% PIB
|
2011/2012
|
2013
|
2011/2013
|
% PIB
|
Poder Executivo
|
2.273,1
|
26,76
|
6.275,1
|
30,07
|
2.626,4
|
1.409,9
|
4.036,3
|
30,19
|
Fazenda
|
1.045,0
|
12,30
|
2.769,7
|
13,28
|
1.055,4
|
473,4
|
1.528,8
|
11,43
|
Previdência
|
539,5
|
6,35
|
1.553,9
|
7,45
|
668,8
|
398,4
|
1.067,2
|
7,98
|
Educação
|
110,4
|
1,30
|
291.9
|
1,40
|
170,3
|
104,7
|
275,0
|
2,06
|
Saúde
|
159,5
|
1,88
|
371,8
|
1,78
|
160,6
|
90,3
|
250,9
|
1,88
|
Defesa
|
146,6
|
1,73
|
324,4
|
1,55
|
130,7
|
71,4
|
202,1
|
1,51
|
Outras
|
272,1
|
3,20
|
963,4
|
4,61
|
440,6
|
271,7
|
712,3
|
5,33
|
Poder Judiciário
|
59,3
|
0,70
|
218,4
|
1,05
|
86,5
|
47,3
|
133,8
|
1,00
|
MPU
|
2,0
|
0,03
|
19,6
|
0,10
|
7,8
|
4,6
|
12,4
|
0,09
|
Poder Legislativo
|
18,7
|
0,22
|
50.1
|
0,24
|
17,6
|
9,6
|
27,2
|
0,20
|
Total das Despesas
|
2,353,1
|
27,71
|
6.563,2
|
31,46
|
2.738,3
|
1.471,4
|
4.209,7
|
31,48
|
Total das Receitas
|
2.039,7
|
24,02
|
5.704,0
|
27,34
|
2.532,3
|
1.372,8
|
3.905,1
|
29,20
|
Resultado Fiscal Nominal
|
(313,4)
|
(3,69)
|
(859,2)
|
(4,12)
|
(206,0)
|
(98,6)
|
(304,6)
|
(2,28)
|
Notas:
1) PIB – 1995/2002 (R$
8.492,4 bilhões).
2) PIB – 2003/2010 (R$
20.861,1 bilhões).
3) PIB 2011/2013 – (R$
13.373,1 bilhões).
Análise da Política Fiscal da União
No governo FHC (1995/2002) apenas com cinco rubricas orçamentárias: Fazenda; Previdência; Educação, Saúde e Defesa foram gastos 23,56% do PIB correspondentes a 85,02% das despesas totais (correntes e capitais). Essas mesmas cinco rubricas representaram gastos correspondentes a 98,08% das receitas totais (correntes e de capitais) no período.
No governo Lula (2003/2010) com
as mesmas cinco rubricas orçamentárias foram gastos 25,46% do PIB
correspondentes a 80,93% das despesas totais (correntes e capitais) no período.
Essas mesmas cinco rubricas representaram gastos correspondentes a 93,12% das
receitas totais (correntes e de capitais) no período.
No governo Dilma (2011/2013) com as mesmas cinco rubricas orçamentárias foram gastos 24,86% do PIB correspondentes a 78,97% das despesas totais (correntes e capitais) no período. Essas mesmas cinco rubricas representaram gastos correspondentes a 85,14% das receitas totais (correntes e de capitais) no período.
Cabe destacar a brutal queda de gastos com Defesa, saindo de 1,73% do PIB no governo FHC (1995/2002) para 1,55% do PIB no período do governo Lula (2003/2010). Queda real em relação ao PIB de 10,40% em relação ao governo FHC. E no governo Dilma (2011/2013) gastos de 1,51% do PIB, com queda real em relação ao PIB de 12,72% em relação ao governo FHC.
Quanto à Educação houve um brutal aumento dos gastos, saindo de 1,30% do PIB no governo FHC (1995/2002) para 1,40% no governo Lula (2003/2010). Aumento real em relação ao PIB de 7,69% em relação ao governo FHC. E no governo Dilma (2011/2013) salta para gastos de 2,06% do PIB, com aumento real em relação PIB de 58,46% em relação ao governo FHC.
Quanto à
Previdência houve um brutal aumento dos gastos, saindo de 6,35% do PIB no
governo FHC (1995/2002) para 7,45% no governo Lula (2003/2010). Aumento real em
relação ao PIB de 17,32% em relação ao governo FHC. E no governo Dilma
(2011/2013) salta para gastos de 7,98% do PIB, com aumento real em relação PIB
de 25,67% em relação ao governo FHC.
Outro fato a destacar foi o brutal aumento de gastos do Judiciário saindo de 0,70% do PIB no governo FHC (1995/2002) para 1,05% do PIB no governo Lula (2002/2010). Aumento real em relação ao PIB de 50,00% em relação ao governo FHC. E no governo Dilma (2011/2013) cai para 1,00% do PIB. Aumento real em relação ao PIB de 42,86% em relação ao governo FHC.
Resultado Fiscal Nominal da União
No
governo FHC (‘1995/2002) a despesa total (correntes e capitais) foi de 27,71%
do PIB e a receita total (correntes e capitais) foi de 24,02% do PIB, gerando
um déficit fiscal nominal de 3,69% do PIB.
No governo Lula (2003/2010) a despesa total
(correntes e capitais) foi de 31,46% do PIB e a receita total (correntes e
capitais) foi de 27,34% do PIB, gerando déficit fiscal nominal de 4,12% do PIB.
No governo Dilma (2011/2013) a despesa total
(correntes e capitais) foi de 31,48% do PIB e a receita total (correntes e
capitais) foi de 29,20% do PIB, gerando déficit fiscal nominal de 2,28% do
PIB.
A dotação orçamentária das
despesas da União para o exercício de 2013 foi de R$ 1.636,3 bilhões, tendo
sido empenhado o montante de R$ 1.471,4 bilhões e liquidado R$ 1.471,4 bilhões
ficando um resto a pagar de R$ 121,9 bilhões.
Análise da Política Tributária da União – Fonte MF
Base: de Janeiro de 1995 até
Dezembro de 2013
Perfil das Receitas
da União – Fonte de Consulta MF
R$ bilhões
Receitas
|
1995/2002
|
% PIB
|
2003/2010
|
% PIB
|
2011/2012
|
2013
|
2011/2013
|
% PIB
|
Tributárias
|
580,8
|
6,84
|
1.544,2
|
7,40
|
686,3
|
376,0
|
1.062,3
|
7,94
|
Contribuições
|
931,3
|
10,97
|
2.801,5
|
13,43
|
1.162,7
|
657,1
|
1.819,8
|
13,61
|
Patrimoniais
|
68,4
|
0,80
|
292,5
|
1,40
|
147,6
|
85.2
|
232,8
|
1,74
|
Serviços
|
90,9
|
1,07
|
223,0
|
1,07
|
95,9
|
49,8
|
145,7
|
1,09
|
Outras Receitas Correntes
|
91,2
|
1,07
|
213,1
|
1,02
|
100,8
|
75,4
|
176,2
|
1,32
|
Total de Receitas Correntes
|
1.762,6
|
20,75
|
5.074,3
|
24,32
|
2.193,3
|
1.243,5
|
3.436,8
|
25,70
|
Total de Receitas de Capitais
|
277,1
|
3,27
|
629,7
|
3,02
|
339,0
|
129,3
|
468,3
|
3,50
|
Receitas Totais
|
2.039,7
|
24,02
|
5.704,0
|
27,34
|
2.532,3
|
1.372,8
|
3.905,1
|
29,20
|
Notas:
1) PIB – 1995/2002 – (R$
8.492,4 bilhões).
2) PIB – 2002/2010 – (R$
20.861.1 bilhões).
3) – PIB 2011/2013 – (R$
13.373,1 bilhões)
Análise da Política
Tributária da União
No governo FHC (1995/2002)
as receitas tributarias corresponderam a 6,84% do PIB. No governo Lula
(2003/2010) foi de 7,40% do PIB. Crescimento real relação ao PIB de 8,18% em
relação ao governo FHC. No governo Dilma (2011/2013) foi de 7,94% do PIB.
Crescimento real em relação ao PIB de 7,30% em relação ao governo Lula e de
16,08% em relação ao período do governo FHC.
No governo FHC (1995/2002) as receitas de
contribuições corresponderam a 10,97% do PIB. No governo Lula (2003/2010) foi
de 13,43% do PIB. Crescimento real em relação ao PIB de 22,42% em relação ao
governo FHC. No governo Dilma (2011/2013) foi de 13,61% do PIB. Crescimento
real em relação ao PIB de 1,34% em relação ao governo Lula e de 24,06% em
relação ao governo FHC.
No governo FHC (1995/2002) as receitas de
capitais corresponderam a 3,27% do PIB. No governo Lula (2003/2010) foi de
3,02% do PIB. Redução real em relação ao PIB de 7,64% em relação ao governo
FHC. No governo Dilma (2011/2013) foi de 3,50% do PIB. Aumento real em relação
ao PIB de 15,89% em relação ao governo Lula e de 7,03% em relação ao governo
FHC.
No governo FHC (1995/2002) as receitas totais
corresponderam a 24,02% do PIB. No governo Lula (2003/2010) foi de 27,34% do
PIB. Crescimento real em relação ao PIB de 13,82% em relação ao governo FHC. No
governo Dilma (2011/2013) foi de 29,20% do PIB. Crescimento real em
relação ao PIB de 6,80% em relação ao governo Lula e de 21,56% em relação ao
governo FHC.
Estoque da Dívida Externa Total - Fonte BCB
Base: 2002/2013
Estoque da Dívida Externa Total
Fonte BCB – Base US$
bilhões.
Itens
|
2002
|
% PIB
|
2010
|
% PIB
|
2013
|
% PIB
|
Dívida Bruta da União
|
127,8
|
25,34
|
341,8
|
15,94
|
402,2
|
18,07
|
Reservas (1)
|
(37,8)
|
(7,49)
|
(288,6)
|
(13,46)
|
(358,8)
|
(16,12)
|
Dívida Líquida da União
|
90,0
|
17,85
|
53,2
|
2,48
|
43,4
|
1,95
|
Dívida Privada
|
99,5
|
19,73
|
10,1
|
0,47
|
84,9
|
3,81
|
Dívida Líquida Total
|
189,5
|
37,58
|
63,3
|
2,95
|
128,3
|
5,76
|
(1) Conceito de Caixa
Estoque da Dívida Externa Bruta da União
Em dezembro de 2002 o
estoque da Dívida Bruta da União era de US$ 127,8 bilhões (25,34%do PIB). Em
dezembro de 2010 passou para US$ 341,8 bilhões (15,94% do PIB). Aumento nominal
de 167,53% e redução real em relação ao PIB de 36,94% em comparação a dezembro
de 2002. Em dezembro de 2013 passou para US$ 402,2 bilhões (18,07% do PIB).
Aumento nominal de 214,7% e redução real em relação ao PIB de 28,68% em
comparação a dezembro de 2002 e aumento nominal de 17,67% e aumento real em
relação do PIB de 13,36% em comparação a dezembro de 2010.
Estoque da Dívida Externa Líquida da União
(Dívida Externa Bruta Menos Reservas)
Em dezembro de 2002 o
estoque da dívida externa líquida da União era de US$ 90,0 bilhões (17,85% do
PIB) reduzindo para US$ 53,2 bilhões (2,48% do PIB) em dezembro de 2010.
Redução nominal de 40,89% e redução real em relação ao PIB de 86,11% comparado
com o ano de 2002. Em dezembro 2013 reduziu para US$ 43,4 bilhões (1,95% do
PIB). Redução nominal de 18,42% e real em relação ao PIB de 21,37% comparado
com dezembro de 2010, e redução nominal de 51%78 e redução real em relação ao
PIB de 89,07% comparado com dezembro de 2002.
Estoque da Dívida Externa
Líquida Pública e Privada (Dívida Externa Bruta Menos Reservas)
Em dezembro de 2002 o estoque total da dívida
externa líquida (pública e privada) era de US$ 189,5 bilhões (37,58% do PIB)
reduzindo para US$ 63,3 bilhões (2,95% do PIB) em dezembro de 2010. Redução
nominal de 66,60% e redução real de 92,15% em relação ao PIB comparado com
dezembro de 2002. Em dezembro de 2013 aumenta para US$ 128,3 bilhões (5,76% do
PIB). Aumento nominal de 102,68% e aumento real em relação ao PIB de 95,25%
comparado com dezembro de 2010 e redução nominal de 32,29% e redução real em
relação ao PIB de 84,67% comparado com dezembro ano de 2002.
Reservas Internacionais em poder do Banco
Central (Conceito de Caixa).
No conceito de caixa as
reservas internacionais no Banco Central do Brasil em dezembro de 2002 eram de
US$ 37,8 bilhões (7,49% do PIB). Em dezembro de 2010 de US$ 288,6 bilhões
(13,46% do PIB). Em dezembro de 2013 de US$ 358,8 bilhões (16,12% do PIB).
Dívida Líquida Total da
União (Interna e Externa) - Fonte MF
Base: 2002/2013
Dívida Líquida
Total da União (Interna e
Externa)
Fonte MF - Base R$ bilhões.
Itens
|
2002
|
% PIB
|
2010
|
% PIB
|
2013
|
% PIB
|
Dívida Interna Em Poder do Mercado
|
558,9
|
37,82
|
1.603,9
|
42,54
|
2.028,1
|
41,92
|
Dívida Interna Em Poder do Banco Central
|
282,1
|
19,09
|
694,0
|
18,41
|
937,1
|
19,37
|
Dívida Externa Líquida
|
262,9
|
17,79
|
90,1
|
2,39
|
94,4
|
1,95
|
Dívida Total Líquida
|
1.103,9
|
74,70
|
2.388,0
|
63,34
|
3.059,6
|
63,24
|
Dívida Interna Bruta da
União em Poder do Mercado
- Aumento nominal da dívida interna bruta em
poder do mercado de R$ 558,9 bilhões (37,82% do PIB) em dezembro 2002 para R$
1.603,9 bilhões (42,54% do PIB) em dezembro 2010. Aumento nominal de 186,97% e
aumento real em relação ao PIB de 12,48%.
- Aumento nominal da
dívida interna bruta em poder do mercado de R$ 1.603,9 bilhões (42,54% do PIB)
em dezembro de 2010 para R$ 2.028,1 bilhões (41,92% do PIB) em dezembro de
2013.Aumento nominal de 26,45% e redução real em relação ao PIB de 1,46%.
Dívida Interna Bruta da
União em Poder do Banco Central
- Aumento nominal da
dívida interna bruta em poder do Banco Central de R$ 282,1 bilhões (19,09% do
PIB) em dezembro 2002 para R$ 694,0 bilhões (18,41% do PIB) em dezembro de
2010. Aumento nominal de 146,01% e redução real em relação ao PIB de 3,56%.
- Aumento nominal da
dívida interna bruta em poder do Banco Central de R$ 694,0 bilhões (18,41% do
PIB) em dezembro de 2010 para R$ 937,1 bilhões (19,37% do PIB) em dezembro de
2013. Aumento nominal de 35,03% e aumento real em relação ao PIB de 5,21%.
Dívida Interna Bruta da
União Total (em Poder do Mercado e do Banco Central)
- Aumento nominal da
dívida interna bruta total (em poder do mercado e do Banco Central) de R$ 841,0
bilhões (56,91% do PIB) em dezembro 2002 para R$ 2.297,9 bilhões (60,95% do
PIB) em dezembro 2010. Aumento nominal de 173,23% e aumento real em relação ao
PIB de 7,10%.
Aumento nominal da dívida
interna bruta total (em poder do mercado e do Banco Central) de R$ 2.297,9
bilhões (60,95% do PIB) em dezembro de 2010 para R$ 2.965,2 bilhões (61,29% do
PIB) em dezembro de 2013. Aumento nominal de 29,04% e aumento real em relação
ao PIB de 5,58%.
Dívida Externa Líquida da
União (Dívida Externa Bruta Menos Reservas)
- Redução nominal da dívida externa líquida de
R$ 262,9 bilhões (17,79% do PIB) em dezembro 2002 para R$ 90,1 bilhões (2,39%
do PIB) em dezembro 2010. Redução nominal de 65,73% e redução real em relação
ao PIB de 86,56%.
- Aumento
nominal da dívida externa líquida de R$ 90,1 bilhões (2,39%do PIB) em dezembro
de 2010 para R$ 94,4 bilhões (1,95% do PIB) em dezembro de 2013. Aumento
nominal de 4,77% e redução real em relação ao PIB de 18,41%.
Dívida
Líquida Total da União (Interna e Externa)
- Aumento nominal da
dívida total líquida da União (interna e Externa) de R$ 1.103,9 bilhões (74,70%
do PIB) em dezembro de 2002 para R$ 2.388,0 bilhões (63,34% do PIB) em dezembro
de 2010. Aumento nominal de 116,32% e redução real em relação ao PIB de 15,21%.
- Aumento nominal da
dívida total líquida da União (Interna e Externa) de R$ 2.388,0 bilhões (63,34%
do PIB) em dezembro de 2010 para R$ 3.059,6 bilhões (63,24% do PIB) em dezembro
de 2013. Aumento nominal de 28,12% e redução real em relação ao PIB de 0,16%.
Movimentação da Dívida Líquida Total da União (Interna e Externa) -
Fonte MF
R$ Bilhões
Base:
Anos de 2011/2013
Ano
|
(1)
|
% PIB
|
(2)
|
(3)
|
(4)
|
% PIB
|
(5)
|
% PIB
|
(6)
|
% PIB
|
(7)
|
% PIB
|
2011
|
2.600,7
|
62,77
|
12,83
|
7,73
|
131,0
|
3,16
|
97,6
|
2,35
|
479,4
|
11,57
|
94,2
|
2,27
|
2012
|
2.887,4
|
65,40
|
11,55
|
3,74
|
135,0
|
3,05
|
321,5
|
7,28
|
299,0
|
6,77
|
174,7
|
3,96
|
2013
|
3.059,6
|
63,24
|
11,32
|
5,79
|
141,7
|
2,93
|
117,7
|
2,43
|
459,0
|
9,49
|
93,1
|
1,92
|
Média*/Total**
|
-
|
-
|
11,90*
|
5,75*
|
407,7**
|
3,05*
|
536,8**
|
4,01*
|
1.237,4**
|
9,25*
|
362,0**
|
2,71*
|
Legenda: (1) – Estoque da
Dívida (R$ Bilhões); (2) – Juros médio/ano de carregamento da dívida (%);
(3) – Ganho real dos
investidores média/ano (%); (4) – Juros e Encargos Pagos (R$ Bilhões);
(5) Amortizações (R$
Bilhões); (6) Renegociações (R$ Bilhões); (7) Captações (R$ Bilhões).
Comentários
1 – O estoque da dívida líquida da União saiu de R$ 2.600,7 bilhões
(62,77% do PIB) em 2011 para R$ 2.887,4 bilhões (65,40% do PIB) em 2012.
Aumento nominal de 11,02% e aumento real em relação ao PIB de 4,19%. Em 2013 migrou para R$ 3.059,6 bilhões.
Aumento nominal de 17,64% em comparação ao ano de 2011 e aumento real em relação
ao PIB de 0,75% em comparação ao ano de 2011.
2 – O custo
médio de carregamento da dívida no período 2011/2013 foi de 11,90% ao ano.
3- O ganho real
médio (juros menos inflação IGPM) dos investidores no período de 2011/2013 foi
de 5,75% ao ano.
4 – Foram pagos
de juros e encargos no período 2011/2013 o montante de R$ 407,7 bilhões (3,05%
do PIB).
5 – Foram
amortizados da dívida no período de 2011/2013 o montante de R$ 536,8 bilhões
(4,01% do PIB).
6 – Foram
renegociados da dívida no período de 2011/2013 o montante de R$ 1.237,4 bilhões
(9,25% do PIB).
7 - Foram
captados no período de 2011/2013 novos empréstimos no montante de R$ 362,0
bilhões (2,71% do PIB).
Programas de Ajuste Fiscal
Os programas de
ajuste Fiscal foram firmados pelos 25 Estados que refinanciaram suas dívidas, a
partir de 1997, no âmbito da Lei n. 9.496. Somente não refinanciaram dívidas os
estados do Amapá e Tocantins.
Os programas são
revisados, pelo menos, a cada dois anos e apresentam metas anuais para um
triênio. Consideram a evolução das finanças estaduais, os indicadores
macro-econômicos para o novo período e a política fiscal adotada pelos governos
estaduais.
A cada ano é
avaliado o cumprimento das metas e compromissos do exercício anterior. Também
anualmente poderá ser realizada a atualização de metas para o novo triênio.
É obrigatória a manutenção dos programas enquanto perdurar o contrato de
refinanciamento. Os estados do Piauí e do Rio Grande do Norte não se obrigam
mais a firmar um programa de ajuste fiscal com a União, tendo em vista já terem
quitado suas obrigações financeiras.
As propostas de
metas fiscais são apresentadas pelos Estados e Distrito Federal e são avaliadas
pelo Ministério da Fazenda. A sua concordância é manifestada com base em
metodologias de análise técnica de responsabilidade da Secretaria do Tesouro
Nacional. Objetiva-se preservar a solvência do ente federado, particularmente
em relação à sua capacidade de honrar os compromissos assumidos com a União.
Ao longo da
existência dos Programas de Ajuste Fiscal, por conta da adoção de uma postura
consistente com a manutenção do equilíbrio fiscal e com a estabilidade
macroeconômica, os resultados alcançados pelos Estados foram significativos,
com destaque na redução do endividamento estadual.
Por outro lado,
as revisões dos programas se coadunam com o entendimento do Governo Federal de
que deve haver um compartilhamento dos benefícios da estabilidade econômica
entre os entes que se esforçaram e mantém uma situação fiscal equilibrada, os
quais desempenham papel fundamental no desenvolvimento econômico do país.
As metas
envolvem indicadores de: I - dívida financeira em relação à receita líquida
real (RLR); II - resultado primário, entendido como a diferença entre as
receitas e despesas não financeiras; III - despesas com funcionalismo público;
IV - arrecadação de receitas próprias; V - privatização, permissão ou concessão
de serviços públicos, reforma administrativa e patrimonial; e VI - despesas de
investimento em relação à RLR.
A previsão ou
inclusão de novas operações de crédito é realizada caso a caso, quando é
avaliada a preservação de uma programação orçamentária e financeira
equilibrada, bem como a solvência da dívida ao longo do tempo e uma trajetória
consistente de redução do endividamento, nos casos em que a relação
dívida/receita é maior do que um.
Quando da
assinatura dos primeiros Programas, foram incluídas diversas operações de
crédito a contratar, as quais foram sendo contratadas e utilizadas ao longo dos
primeiros anos de vigência dos contratos de refinanciamento.
A partir do exercício
de 2007, tendo em vista o esgotamento dos recursos previstos de operações de
crédito, associado à melhoria do cenário macro-econômico e o desempenho fiscal
dos Estados, os Programas passaram a incorporar novos financiamentos,
preservando-se como parâmetro para a trajetória de redução do endividamento a
relação D/RLR igual a um, conforme previsto na legislação.
O valor total de
operações de crédito eventualmente incluído nos programas em determinado
exercício financeiro não significa o desembolso correspondente naquele mesmo
ano, pois ainda haverá um processo de negociação e contratação dos
financiamentos e a execução financeira dos projetos, que normalmente se realiza
em até cinco anos, em muitos casos. O ritmo de execução financeira depende ainda
das características dos investimentos e da modalidade financeira dos contratos.
A contratação
das operações de crédito submete-se ainda aos limites de endividamento do
Senado Federal, bem como às demais condições da LRF. O limite de endividamento
do Senado Federal refere-se à Dívida Consolidada Líquida e à Receita Corrente
Líquida (RCL), na proporção de até 2 (duas unidades).
Os indicadores
dos programas apresentam conceitos diferentes daqueles posteriormente adotados
pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Em relação ao endividamento, a principal
diferença é o uso do conceito da dívida bruta (Dívida Financeira), enquanto a
Lei de Responsabilidade Fiscal utiliza o conceito de dívida líquida (Dívida
Consolidada Líquida). O parâmetro da receita (Receita Líquida Real) possui uma
base menor, em temos de abrangência, se comparado com o conceito da Lei de
Responsabilidade Fiscal (Receita Corrente Líquida).
Dívida Consolidada Líquida dos Estados e
Municípios Com a União - Fonte MF
Base: Ano de 2013
Estados
|
R$ Bilhões
|
%
|
São Paulo
|
183,8
|
37,04
|
Minas Gerais
|
79,1
|
15,94
|
Rio de Janeiro
|
72,4
|
14,59
|
Rio Grande do Sul
|
55,5
|
11,18
|
Paraná
|
15,7
|
3,16
|
Goiás
|
14,8
|
2,98
|
Bahia
|
11,5
|
2,32
|
Pernambuco
|
9,5
|
1,91
|
Alagoas
|
8,0
|
1,61
|
Santa Catarina
|
7,6
|
1,53
|
Mato Grosso do Sul
|
7,5
|
1,52
|
Outros 16 estados
|
30,8
|
6,22
|
Total
|
496,2
|
100,00
|
Considerações:
1) Somente o
estado de São Paulo e seus municípios concentram 37,04% da Dívida dos Estados e
Municípios com a União.
2) Apenas 4 estados e seus
respectivos municípios (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do
Sul) concentram 78,75% da Dívida dos Estados e Municípios com a União.
3) Apenas 11 estados e seus respectivos
municípios concentram 93,78% da Dívida dos Estados e Municípios com a União.
Sendo que os 16 estados restantes concentram apenas 6,22%.
4) Forma de pagamento e juros com base na Lei
9.496, de 11 de setembro de 1997:
4.1) Art. 3o Os
contratos de refinanciamento de que trata esta Lei serão pagos em até 360
(trezentos e sessenta) prestações mensais e sucessivas, calculadas com base na
Tabela Price, vencendo-se a primeira trinta dias após a data da assinatura do
contrato e as seguintes em igual dia dos meses subseqüentes, observadas as
seguintes condições:
I - juros: calculados e debitados mensalmente, à taxa mínima de seis
por cento ao ano, sobre o saldo devedor previamente atualizado;
II - atualização monetária: calculada e debitada mensalmente com base
na variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI),
calculado pela Fundação Getúlio Vargas, ou outro índice que vier a
substituí-lo.
Política de Juro – Fonte MF
Base: Ano de 2013
Custo de Financiamento para
Carregamento da Dívida
Total da União (Interna e Externa) - Fonte MF
Ano de 2013
Mês
|
Efetiva Ano %
|
Efetiva Mês %
|
IGPM Mês %
|
Ganho Real Mês %
|
Janeiro
|
10,41
|
0,8287
|
0,3400
|
0,4887
|
Fevereiro
|
11,26
|
0,8931
|
0,2900
|
0,6031
|
Março
|
11,83
|
0,9361
|
0,2100
|
0,7261
|
Abril
|
10,07
|
0,8027
|
0,1500
|
0,6527
|
Maio
|
15,14
|
1,1818
|
0,0000
|
1,1818
|
Junho
|
12,95
|
1,0102
|
0,7500
|
0,2602
|
Julho
|
11,35
|
0,8990
|
0,2600
|
0,6390
|
Agosto
|
11,38
|
0.9022
|
0,1500
|
0,5853
|
Setembro
|
7,57
|
0,6099
|
1,5000
|
(0,8901)
|
Outubro
|
10,04
|
0,8005
|
0,8600
|
(0,0595)
|
Novembro
|
15,10
|
1,1788
|
0,2900
|
0,8888
|
Dezembro
|
12,60
|
0,9938
|
0,6000
|
0,3938
|
Média
|
11,32
|
0,8977
|
0,4276
|
0,4701
|
Juro primário ou básico: é a remuneração
financeira de referência para um dia de financiamento, fixada pelo Banco
Central, conhecida como Selic. Em 2013 a
média foi de 8,28% ao ano.
Efeito Multiplicador de Base: é um índice
calculado pelo Banco Central para regular a liquidez do mercado, via depósitos
compulsórios. Através deste índice podemos chegar a taxa real de juros de
mercado.
Em 2013 o custo médio de carregamento da
dívida interna da União em poder do mercado foi de 0,8977% ao mês (11,32% ao
ano), com ganho real para os investidores de 0,4701 ao mês (5,79% ao ano),
depois de excluída a inflação média/mês do IGPM de 0,4276 ao mês (5,5257% ao
ano).
Sendo o multiplicador de base médio em 2013 de
1,40, ou seja: 71,43% dos recursos disponíveis foram esterilizados pelo Banco
Central, através dos depósitos compulsórios, o juro mínimo de mercado médio em
2013 foi de 11,32% ao ano x 3,5002 = 39,62% ao ano (2,82% ao mês), não
considerando outros custos, tais como: impostos, taxas e lucros dos bancos.
Em 2013 a dívida
total da União (interna e externa) teve PMP (Prazo Médio de Pagamento) de 4,18
anos e custo médio de financiamento de 11,32% ao ano. Considerando apenas a
dívida interna da União em poder do mercado teve um PMP (Prazo Médio de
Pagamento) de 4,06 anos e custo médio de financiamento de 10,76% ao ano.
Balanço de Pagamentos – Fonte BCB
Base: De Janeiro de 2011 até Dezembro de 2013
Balanço de Pagamentos.
Fonte BCB – Base US$
bilhões
Itens
|
2011
|
2012
|
2013
|
2011/2013
|
% PIB
|
Exportação
|
256,0
|
242,6
|
242,2
|
740,8
|
10,55
|
Importação
|
(226,2)
|
(223,1)
|
(239,6)
|
(688,9)
|
(9,90)
|
Saldo Comercial
|
29,8
|
19,5
|
2,6
|
51,9
|
0,75
|
Viagens Líquidas
|
(14,7)
|
(15,6)
|
(18,6)
|
(48,9)
|
(0,70)
|
Transportes
|
(8,3)
|
(8,8)
|
(9,8)
|
(26,9)
|
(0,39)
|
Aluguel de Equipamentos
|
(16,7)
|
(18,7)
|
(19,4)
|
(54,8)
|
(0,79)
|
Lucro/Dividendos
|
(38,2)
|
(24,1)
|
(26,0)
|
(88,3)
|
(1,27)
|
Juros Líquidos
|
(9,7)
|
(11,8)
|
(14,2)
|
(35,7)
|
(0,51)
|
Outros
|
2,4
|
2,5
|
0,7
|
5,6
|
0,08
|
Saldo de Serviços e Rendas
|
(85,2)
|
(76,5)
|
(87,3)
|
(249,0)
|
(3,58)
|
Transferências Unilaterais
|
2,9
|
2,8
|
3,3
|
9,0
|
0,13
|
Saldo de Transações Correntes
|
(52,5)
|
(54,2)
|
(81,4)
|
(188,1)
|
(2,70)
|
Conta de Capital e Financeira
|
112,4
|
72,8
|
73,8
|
259,0
|
3,71
|
Erros e Omissões
|
(1,3)
|
0,3
|
1,7
|
0,7
|
0,01
|
Saldo do Balanço de Pagamentos
|
58,6
|
18,9
|
(5,9)
|
71,6
|
1,02
|
PIB 2011 – U$S 2.475,1 bilhões. PIB 2012 –
US$ 2.257,7 bilhões
PIB 2013 - US$ 2.225,6 bilhões
Resumo do Balanço de Pagamentos
Base: De Janeiro de 1995 até dezembro de 2013
- Fonte de Consulta BCB –
Base US$ bilhões.
Itens
|
1995/2002
|
% PIB
|
2003/2010
|
% PIB
|
2011/2013
|
% PIB
|
Saldo Comercial
|
(8,4)
|
(0,15)
|
259,7
|
2,61
|
51,9
|
0,75
|
Média/Ano
|
(1,1)
|
(0,15)
|
32,5
|
2,61
|
17,3
|
0,75
|
Saldo de Serviços e Rendas
|
(195,0)
|
(3,47)
|
(341,2)
|
(3,43)
|
(249,0)
|
(3,58)
|
Média/Ano
|
(24,4)
|
(3,47)
|
(42,6)
|
(3,43)
|
(83,0)
|
(3,58)
|
Transferências Unilaterais
|
16,5
|
0,29
|
28,4
|
0,28
|
9,0
|
0,13
|
Média/Ano
|
2,1
|
0,29
|
3,6
|
0,28
|
3,0
|
0,13
|
Saldo de Transações Correntes
|
(186,9)
|
(3,33)
|
(53,1)
|
(0,53)
|
(188,1)
|
(2,70)
|
Média/Ano
|
(23,4)
|
(3,33)
|
(6,6)
|
(0,53)
|
(62,7)
|
(2,70)
|
Conta de Capital e Financeira
|
190,3
|
3,39
|
294,5
|
2,96
|
259,0
|
3,71
|
Média/Ano
|
23,8
|
3,39
|
36,8
|
2,96
|
86,3
|
3,71
|
Erros e Omissões
|
(4,1)
|
(0,07)
|
(9,6)
|
(0,10)
|
0,7
|
(0,02)
|
Saldo do Balanço de Pagamentos
|
(0,7)
|
(0,01)
|
231,8
|
2,33
|
71,6
|
1,02
|
Média/Ano
|
(0,09)
|
(0,01)
|
29,0
|
2,33
|
23,9
|
1,02
|
PIB - 1995//2002 (US$
5.615,9 bilhões) – 2003/2010 (US$ 9.946,2 bilhões)
2011/2013 - (US$ 6.958,6
bilhões).
Saldo da Balança Comercial
Série história de nossa balança comercial com
base na média/ano foi como segue: Governo FHC (1995/2002) – déficit de
US$ 1,1 bilhão = -0,15% do PIB; Governo Lula (2003/2010) – superávit de US$
32,5 bilhões = 2,61% do PIB; Governo Dilma (2011/2013) – superávit de US$ 17,3
bilhões = 0,75% do PIB.
Saldo de Serviços e Rendas
Série história de nossa balança de serviços e
rendas com base na média/ano foi como segue: Governo FHC (1995/2002) – déficit
de US$ 24,4 bilhões = -3,47% do PIB; Governo Lula (2003/2010) – déficit de US$
42,6 bilhões = -3,43% do PIB; Governo Dilma (2011/2013) – déficit de US$ 83,0
bilhões = -3,58% do PIB.
Saldo de Transações Correntes
Série história do saldo das transações
correntes com base na média/ano foi como segue: Governo FHC (1995/2002) –
déficit de US$ 23,4 bilhões = -3,33% do PIB; Governo Lula (2003/2010) – déficit
de US$ 6,6 bilhões = -0,53% do PIB; Governo Dilma (2011/2013) – déficit de US$
62,7 bilhões = -2,70% do PIB.
Saldo da Conta de Capital e Financeira
Série história do saldo da conta de capital e
financeira com base na média/ano foi como segue: Governo FHC (1995/2002) –
superávit de US$ 23,8 bilhões = 3,39% do PIB; Governo Lula (2003/2010) –
superávit de US$ 36,8 bilhões = 2,96% do PIB; Governo Dilma (2011/2013) –
superávit de US$ 86,3 bilhões = 3,71% do PIB.
Saldo do Balanço de Pagamentos
Série história do saldo do balanço de
pagamentos com base na média/ano foi como segue: Governo FHC (1995/2002) –
déficit de US$ 0,09 bilhão = -0,01% do PIB; Governo Lula (2003/2010) –
superávit de US$ 29,0 bilhões = 2,33% do PIB; Governo Dilma (2011/2013) –
superávit de US$ 23,9 bilhões = 1,02% do PIB.
Composição das Reservas em
Moeda Estrangeira Em Poder do Banco Central do Brasil – Fonte BCB
Base: Anos de
2011/2013
Itens
|
2011
|
2012
|
2013
|
2011/2013
|
% PIB
|
Exportação
|
256,0
|
242,6
|
242,2
|
740,8
|
10,55
|
Importação
|
(226,2)
|
(223,1)
|
(239,6)
|
(688,9)
|
(9,90)
|
Saldo Comercial
|
29,8
|
19,5
|
2,6
|
51,9
|
0,75
|
Viagens Líquidas
|
(14,7)
|
(15,6)
|
(18,6)
|
(48,9)
|
(0,70)
|
Transportes
|
(8,3)
|
(8,8)
|
(9,8)
|
(26,9)
|
(0,39)
|
Aluguel de Equipamentos
|
(16,7)
|
(18,7)
|
(19,4)
|
(54,8)
|
(0,79)
|
Lucro/Dividendos
|
(38,2)
|
(24,1)
|
(26,0)
|
(88,3)
|
(1,27)
|
Juros Líquidos
|
(9,7)
|
(11,8)
|
(14,2)
|
(35,7)
|
(0,51)
|
Outros
|
2,4
|
2,5
|
0,7
|
5,6
|
0,08
|
Saldo de Serviços e Rendas
|
(85,2)
|
(76,5)
|
(87,3)
|
(249,0)
|
(3,58)
|
Transferências Unilaterais
|
2,9
|
2,8
|
3,3
|
9,0
|
0,13
|
Saldo de Transações Correntes
|
(52,5)
|
(54,2)
|
(81,4)
|
(188,1)
|
(2,70)
|
Conta de Capital e Financeira
|
112,4
|
72,8
|
73,8
|
259,0
|
3,71
|
Erros e Omissões
|
(1,3)
|
0,3
|
1,7
|
0,7
|
0,01
|
Saldo do Balanço de Pagamentos
|
58,6
|
18,9
|
(5,9)
|
71,6
|
1,02
|
PIB 2011 – U$S 2.475,1 bilhões. PIB 2012 –
US$ 2.257,7 bilhões
PIB 2013 - US$ 2.225,6 bilhões
Movimentação das Reservas
De
31/12/10 até 31/12/13 – Fonte BCB
Movimentação
|
US$ Bilhões
|
Saldo das reservas em 31/12/10
|
288,6
|
Saldo das Transações Correntes
|
(188,1)
|
Investimentos Brasileiros no Exterior
|
(96,8)
|
Investimentos Estrangeiros no
Brasil
|
244,0
|
Empréstimos Estrangeiros
|
214,6
|
Amortizações de Empréstimos
Estrangeiros
|
(131,5)
|
Outras Movimentações de Capital
e Financeira
|
28,7
|
Saldo de Capital e Financeira
|
259,0
|
Erros e Omissões
|
(0,7)
|
Saldo das reservas em 31/12/13
|
358,8
|
Conclusões:
O balanço de pagamentos é composto do saldo de
transações correntes que apura os movimentos correntes em moeda estrangeira de
um país, tais como: exportações, importações, viagens, transportes, juros,
lucros, dividendos, aluguéis de equipamentos, dentre outros, que totalizou nos
3 primeiros anos do governo Dilma um déficit da ordem de US$ 188,1 bilhões.
O outro grupo de apuração do balanço de
pagamentos é o denominado de contas de capital e financeira, formado por
investimentos do Brasil no exterior e do exterior no Brasil, além dos
empréstimos e financiamentos do Brasil no exterior e do exterior no Brasil, que
nos 3 primeiros anos do governo Dilma apresentou superávit da ordem de US$
259,0 bilhões, gerando um saldo do balanço de pagamentos superavitário da ordem
de US$ 71,6 bilhões.
Mesmo para um primário no tema é capaz de
observar que algo muito errado está ocorrendo com o nosso balanço de
pagamentos, ou seja: nosso comércio internacional não está se equilibrando,
dependendo do fluxo financeiro e de capital para fechar. Isso quer dizer que
estamos vivendo uma crise cambial de balanço de pagamentos, apesar do saldo de
reservas em moeda estrangeira da ordem de US$ 358,8 bilhões apurado 31/12/13,
já que a sua formação não foi conquistada pelo comércio internacional (recursos
próprios), mas sim com empréstimos, financiamentos e investimentos (recursos de
terceiros), vulneráveis às crises internacionais.
Em algum momento os países da Europa e os
Estados Unidos, que até a presente data estão empurrado os seus graves
problemas com a barriga (emitindo moeda), terão que enfrentar a realidade com
medidas técnicas e conservadoras, qual seja: disciplina e austeridade fiscal.
Nesse momento o fluxo de capital para o Brasil será extinto e o Brasil, mais
uma vez, encerra o seu segundo sonho do falso milagre brasileiro, repetindo os
mesmos erros cometidos com o falso sonho do primeiro milagre brasileiro
ocorrido nos governos militares, qual seja: crescer sem poupança própria (taxa
de poupança foi de 13,9% do PIB em 2013, ante 14,6% do PIB no ano anterior).
Quantitativo de Servidores Federais da União (Ativos, Aposentados e
Pensionistas) – Fonte MP
Base: Ano de 2013
*Variação: Dezembro de 2010
em relação a Dezembro de 2002
**Variação: Dezembro de
2013 em relação a Dezembro de 2010
Poder
|
Dezembro/02
|
Dezembro/10
|
*Variação
|
Dezembro/13
|
**Variação
|
Executivo Civil
|
1.131.842
|
1.248.375
|
116.533
|
1.283.214
|
34.839
|
Executivo Militar
|
583.077
|
625.658
|
42.581
|
650.069
|
24.411
|
MPU
|
7.391
|
10.487
|
3.096
|
18.998
|
8.511
|
Judiciário
|
102.809
|
141.943
|
39.134
|
136.744
|
(5.199)
|
Legislativo
|
30.847
|
35.018
|
4.171
|
35.379
|
361
|
Ex-Territórios e DF
|
180.808
|
146.688
|
(34.120)
|
161.165
|
14.477
|
Total
|
2.036.774
|
2.208.169
|
171.395
|
2.285.569
|
77.400
|
No governo Lula (2003/2010),
comparando com dezembro de 2002, houve aumento do efetivo da União da ordem de
171.395 servidores: Legislativo - 4.171; Judiciário - 39.134; Executivo Militar
- 42.581; Executivo Civil - 116.533, MPU (Ministério Público da União) 3.096 e
redução de Ex-Territórios e DF de (34.120).
No governo Dilma (2011/2013),
comparado com dezembro de 2010, houve aumento do efetivo da União da ordem de
77.400 servidores: Legislativo - 361; Judiciário - redução (5.199); Executivo
Militar – 24.411; Executivo Civil – 34.839; MPU (Ministério Público da União) –
8.511 e Ex-Territórios e DF – 14.477.
No período do governo do PT
(2003/2013) houve um crescimento de pessoal na União (Executivo, Legislativo e
Judiciário) de 248.795 servidores.
Despesa Média/Mês com
Servidores Federais da União (Ativos, Aposentados e Pensionistas)- Fonte MP
Base: Ano de 2013
(Média de 12 meses)
Poderes da União
|
R$ 1,00
|
Índice
|
Banco Central do Brasil
|
18.466,00
|
100,00
|
Legislativo
|
16.901,00
|
91,52
|
Judiciário
|
14.422,00
|
78,10
|
Ministério Público da União
|
14.053,00
|
76,10
|
Empresas Públicas
|
11.719,00
|
63,46
|
Sociedade de Economia Mista
|
7.730,00
|
41,86
|
Executivo Civil
|
7.121,00
|
38,56
|
Executivo Militar
|
5.019,00
|
27,18
|
Fundo Const. do Distrito Federal
|
4.698,00
|
25,44
|
Comentários:
1 – Dentro do serviço público federal há uma
variação na média salarial entre o maior e o menor salário de 74,56%.
2 – Em 2013 o salário médio/mês dos trabalhadores
formais das empresas privadas foi de R$ 1.966,00 (IBGE), ou seja: 89,35% menor
do que o maior salário médio dos servidores da União e 58,15% menor do que o
menor salário médio dos servidores da União.
3 – Em 2013 o salário médio/mês dos aposentados
e pensionistas do Regime Geral de Previdência Social (INSS) foi de R$ 899,30
(STN), ou seja: 95,13% menor do que o maior salário médio dos servidores da
União e 80,86% menor do que o menor salário médio dos servidores da União.
Despesas do Ministério
da Defesa – Fonte: MP
Base: Ano de 2013
Itens
|
Quantitativo
|
R$ Bilhões
|
%
|
Ativos
|
354.761
|
17,0
|
23,81
|
Reserva e Reforma
|
146.653
|
15,0
|
21,01
|
Pensionistas
|
148.655
|
10,4
|
14,56
|
Total Pessoal
Militar
|
650.069
|
42,4
|
59,38
|
Outras Despesas
|
-
|
29,0
|
40,62
|
Total Geral
|
650.069
|
71,4
|
100,00
|
Em 2013 o Ministério da
Defesa teve uma despesa total de R$ 71,4 bilhões, sendo R$ 42,4 bilhões
(59,38%) com pessoal militar, e R$ 29,0 bilhões (40,62%) de gastos com outros
custeios e investimentos, conforme quadro demonstrativo acima.
Gastos com pessoal militar: 40,09% com ativos e 59,91%
com inativos (reserva, reforma e pensão).
Gastos com Pessoal da União
(Diretos, Indiretos, Civis, Militares, Ativos, Aposentados, Pensionistas, Ex-Territórios
e DF) – Fonte MP
Base: Ano de 2013
Gastos com Pessoal da
Administração
Federal Direta e Indireta.
Fonte de Consulta MP - Base - R$ bilhões.
Itens
|
2002
|
% PIB
|
2010
|
% PIB
|
2013
|
% PIB
|
Pessoal Civil
|
55,1
|
3,72
|
146,3
|
3,88
|
179,5
|
3,71
|
Ativos
|
35,1
|
2,37
|
95,4
|
2,53
|
116,9
|
2,42
|
Inativos/Pensão
|
20,0
|
1,35
|
50,9
|
1,35
|
62,6
|
1,29
|
Pessoal Militar
|
19,9
|
1,35
|
37,0
|
0,98
|
42,4
|
0,88
|
Ativos
|
8,3
|
0,56
|
14,6
|
0,39
|
17,0
|
0,36
|
Inativos/Pensão
|
11,6
|
0,79
|
22,4
|
0,59
|
25,4
|
0,52
|
Total
|
75,0
|
5,07
|
183,3
|
4,86
|
221,9
|
4,59
|
Custo Per Capita com
Pessoal da Administração
Federal Direta e Indireta.
Média mês. Fonte de Consulta MP - Base 2013
Itens
|
Quantidade
|
Média/Mês R$ 1.000
|
Per Capita/Mês R$ 1,00
|
CIVIS
|
1.635.500
|
14.958.333
|
9.146,03
|
Ativos
|
907.267
|
9.741.667
|
10.737,38
|
Inativos/Pensões
|
728.233
|
5.216.666
|
7.163,46
|
Militares
|
650.069
|
3.533.333
|
5.435,32
|
Ativos
|
354.761
|
1.416.667
|
3.993,30
|
Inativos/Pensões
|
295.308
|
2.116.666
|
7.167,65
|
Total
|
2.285.569
|
18.491.666
|
8.090,62
|
O custo total de pessoal da União aumentou de
R$ 75,0 bilhões (5,07% do PIB) em 2002 para R$ 183,3 bilhões (4,86% do PIB) em
2010. Incremento nominal de 144,40% em relação ao ano de 2002, e queda real em
relação ao PIB de 4,14%. Em 2013 o custo total com pessoal da União migrou para
R$ 221,9 bilhões (4,59% do PIB). Incremento nominal de 21,06% em relação ao ano
de 2010 e queda real em relação ao PIB 5,55%.
Em 2013 o rendimento médio/mês per capita com
pessoal ativo da União - 1.262.028 servidores (907.267 civis e 354.761
militares) foi de R$ 8.841,59, enquanto a média/mês per capita nacional para os
trabalhadores formais nas atividades privadas foi de R$ 1.966,00 (77,76%
menor).
Em 2013 o rendimento médio/mês per capita com
pessoal aposentado e pensionista da União – 1.023.541 servidores (728.233 civis
e 295.308 militares) foi de R$ 7.164,67, enquanto a média/mês per capita dos
aposentados e pensionistas das atividades privadas (INSS – 27,0 milhões de
beneficiários) foi de R$ 899,30 (87,45% menor).
No governo Lula (2003/2010),
comparando com dezembro de 2002, houve aumento do efetivo da União da ordem de
171.395 servidores: Legislativo - 4.171; Judiciário - 39.134; Executivo Militar
- 42.581; Executivo Civil - 116.533, MPU (Ministério Público da União) 3.096 e
redução de Ex-Territórios e DF de (34.120).
No governo Dilma (2011/2013),
comparado com dezembro de 2010, houve aumento do efetivo da União da ordem de
77.400 servidores: Legislativo - 361; Judiciário redução (5.199); Executivo
Militar – 24.411; Executivo Civil – 34.839; MPU (Ministério Público da União) –
8.511 e Ex-Territórios e DF – 14.477.
No período do governo do PT
(2003/2013) houve um crescimento de pessoal na União (Executivo, Legislativo e
Judiciário) de 248.795 servidores.
Previdência Social - União
e INSS – Fonte MF
Base: Ano de 2013
Previdência Social –
UNIÃO/INSS
Fonte de Consulta MF - Base
R$ bilhões
Itens
|
2002
|
% PIB
|
2010
|
% PIB
|
2013
|
% PIB
|
Déficit
INSS
|
(13,5)
|
(0,91)
|
(33,6)
|
(0,89)
|
(51,6)
|
(1,07)
|
Contribuições
|
76,3
|
5,16
|
212,4
|
5,63
|
306,5
|
6,33
|
Benefícios
|
(89,8)
|
(6,07)
|
(246,0)
|
(6,52)
|
(358,1)
|
(7,40)
|
Déficit União
|
(28,1)
|
(1,90)
|
(57,8)
|
(1,53)
|
(61.3)
|
(1,27)
|
Contribuições
|
5,3
|
0,36
|
22,7
|
0,60
|
26,7
|
0,55
|
Benefícios
|
(33,4)
|
(2,26)
|
(80,5)
|
(2,13)
|
(88,0)
|
(1,82)
|
Déficit Total
|
(41,6)
|
(2,81)
|
(91,4)
|
(2,42)
|
(112,9)
|
(2,34)
|
Em 2013 o déficit previdenciário pelo Regime
Geral de Previdência Social (RGPS) foi de R$ 51,6 bilhões (1,07% do PIB) e do
déficit previdenciário do setor público federal pelo Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS) foi de R$ 61,3 bilhões (1,27% do PIB), totalizando no
ano 2013 déficit previdenciário de R$ 112,9 bilhões (2,34% do PIB).
Em 2013 a receita previdenciária pelo Regime
Geral de Previdência Social (RGPS) foi de R$ 306,5 bilhões (6,33% do PIB) em
contribuições de 67,1 milhões de pessoas físicas, sendo 53,8 milhões de
empregados. A despesa previdenciária dos benefícios pagos aos 27,0 milhões de
aposentados e pensionistas, com salário médio de R$ 899,30, foi de R$ 358,1
bilhões (7,40% do PIB), fazendo com que o resultado previdenciário tenha sido
negativo em R$ 51,6 bilhões (1,07% do PIB).
Em 2013 a receita previdenciária pelo Regime
Próprio de Previdência Social da União (RPPS) das contribuições dos 1.262.028
servidores ativos do governo federal (907.267 civis e 354.761 militares), com
salário médio mensal de R$ 8.841,59, foi de R$ 26,7 bilhões (0,55% do PIB). A
despesa previdenciária dos benefícios pagos aos 1.023.541 servidores
aposentados e pensionistas do governo federal (728.233 civis e 295.308
militares), com salário médio de mensal de R$ 7.164,67 foi de R$ 88,0 bilhões
(1,82% do PIB), fazendo com que o resultado previdenciário tenha sido negativo
em R$ 61,3 bilhões (1,27% do PIB).
Regime Próprio de Previdência
Social da União
Ricardo Bergamini
Vou analisar
apenas o regime dos servidores públicos da União, onde existe a maior
distorção, e por ser o maior gerador de déficit do sistema.
Todas as
premissas utilizadas são com base nos números divulgados pelo Ministério do
Planejamento e da Fazenda relativos ao ano de 2013.
1) Em dezembro
2013 existiam 1.262.028 servidores federais ativos (civis, militares e
intergovernamentais*) que custaram ao Tesouro Nacional o montante de R$ 133,9
bilhões.
2) Em dezembro
2013 existiam 1.023.541 servidores federais inativos (civis, militares e
intergovenamentais*) que custaram ao Tesouro Nacional o montante de R$ 88,0
bilhões.
3) Com base nos
números acima podemos chegar a duas conclusões de nível primário ou de primeiro
grau:
3.1) Em dezembro
2013 existia uma relação de 1,23 servidores federais ativos para 1,00 servidor
federal inativo. Número obtido dividindo-se 1.262.028 ativos por 1.023.541
inativos. Aí reside a primeira distorção do serviço público federal montado
através de várias distorções e privilégios gerados de longa data.
3.2) A segunda
conclusão primária ou de primeiro grau é a de que a União gastou 65,72% do
correspondente aos salários dos servidores federais ativos com o pagamento dos
servidores federais inativos. Número obtido dividindo-se os gastos com
servidores federais inativos de R$ 88,0 bilhões pelos gastos com servidores
federais ativos de R$ 133,9 bilhões.
4) Com base no
acima colocado podemos chegar a conclusão, sem masturbação mental ideológica, e
de forma incontestável de que a União necessita do correspondente a 65,72% dos
gastos com salários dos servidores ativos para pagar os servidores inativos.
Como, em média, os servidores federais ativos, inativos e pensionistas
contribuem com 11% dos seus salários para o fundo do Regime Próprio de
Previdência da União, ficam faltando 54,72% dos gastos correspondentes aos
salários dos servidores federais ativos para fechar a conta da orgia pública
federal, que são pagos pelo Tesouro Nacional (POVO), quando na verdade a parte
patronal (Governo) legal para o fundo do Regime Próprio de Previdência da União
seria de apenas 22% dos gastos correspondentes aos salários dos servidores
federais ativos, conforme abaixo demonstrado:
Demonstrativo do RPPS da União – Fonte MF –
Base: R$ Bilhões
Benefícios Pagos aos Servidores Militares
(Reserva, Reforma e Pensão).
|
(25,4)
|
Benefícios Pagos aos Servidores Civis da
União (Aposentadorias e Pensões).
|
(62,6)
|
Total de Benefícios Pagos aos Servidores Inativos da
União.
|
(88,0)
|
Contribuição Patronal (União)
|
14,4
|
Contribuição dos Servidores Civis Ativos
da União.
|
7,6
|
Contribuição dos Servidores Militares
Ativos da União.
|
2,2
|
Contribuição dos Servidores Inativos da
União.
|
1,9
|
Contribuição dos Servidores Pensionistas
da União,
|
0,6
|
Total de Contribuições Recebidas no RPPS da União.
|
26,7
|
Total de Déficit Previdenciário Gerado no RPPS da
União.
|
(61,3)
|
Como acima
demonstrado o governo além da parte patronal legal de R$ 14,4 bilhões teve que
cobrir o déficit previdenciário de R$ 61,3 bilhões, totalizando gastos de R$
75,7 bilhões, ou seja: na realidade o governo participou com 56,53% (legal e
déficit) dos gastos com pessoal ativo e os servidores (ativos e inativos e
pensionistas) com 9,19% dos salários dos ativos para pagamento dos inativos e
pensionistas.
*Nota: Intergovernamentais:
Ex-Territórios e DF: - Nº de Empregados de outras esferas de Governo pagos com
recursos do Ministério da Fazenda.
Previdência Social no Brasil
Nos meus 40 anos dedicados ao estudo das
”Contas Nacionais” posso afirmar ser esse o tema mais confuso de todos, visto
sua alta complexidade e pelas distorções acumuladas ao longo de sua existência,
além de que, por deformação cultural de nossa sociedade, todos os temas no Brasil são abordados
superficialmente na análise quantitativa dos problemas nacionais, sem nenhuma
profundidade na análise qualitativa dos problemas nacionais.
No caso da previdência os debates e os estudos existentes se
restringem a tentar provar, o óbvio e o ululante, ou seja: a não existência de
déficit na previdência. Realmente déficit é apenas uma informação gerencial,
não existente, na realidade, em nenhuma parte do planeta, já que todos os
déficits existentes foram cobertos, inexoravelmente, com uma das seguintes
medidas: aumento de carga tributária; redução de poupança; aumento de dívida,
ou no caso dos governos centrais com emissão de moeda.
Resultado
Previdenciário (Receitas Previdenciárias – Despesas Previdenciárias) é
diferente do Resultado Operacional onde são incluídas nas receitas as
transferências da União (COFINS, CSSL), além dos rendimentos das aplicações
financeiras. Nas despesas, por exemplo, são incluídos pagamentos ao sistema “S”
(SENAI, SENAR SESC, SESI), além do pagamento aos 3,0 milhões de beneficiários
assistenciais sem contribuições.
Resultado Previdenciário
É o resultado
apurado (contribuições e benefícios) apenas entre os membros do grupo de
previdência, ou seja: empregadores, empregados formais com carteira de trabalho
assinada e trabalhadores autônomos formais.
Devido às distorções e privilégios concedidos durante longo tempo o sistema não consegue se equilibrar por conta própria, assim sendo são criadas novas fontes de financiamentos para atingir o equilíbrio, gerando o Resultado Operacional superavitário.
Resultado Operacional
As
fontes de financiamentos (COFINS, CSSL) são uma das maiores aberrações e
excrescências econômicas e desumanas já conhecidas, visto que essas
contribuições atingem todos os brasileiros de forma generalizada, mesmos os que
não fazem parte do grupo coberto pela previdência, tais como: os desempregados
e os empregados informais sem carteira de trabalho assinada, contingente
composto de quase a metade da população economicamente ativa. Esses grupos de
excluídos estão pagando para uma festa da qual jamais serão convidados a
participar.
Somente os
ignorantes, com opinião formada sobre tudo, podem defender uma excrescência
econômica e desumana desta magnitude, e ainda se colocarem como sendo
socialistas.
Além do acima
colocado não podemos abordar o tema Previdência no Brasil sem fazer a distinção
entre trabalhadores de primeira classe (setor público) e trabalhadores de
segunda classe (setor privado).Vide abaixo:
Em 2013 a
receita previdenciária pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) foi de R$
306,5 bilhões (6,33% do PIB) em contribuições de 67,1 milhões de pessoas
físicas, sendo 53,8 milhões de empregados. A despesa previdenciária dos
benefícios pagos aos 27,0 milhões de aposentados e pensionistas, com salário
médio de R$ 899,30, foi de R$ 358,1 bilhões (7,40% do PIB), fazendo com que o
resultado previdenciário tenha sido negativo em R$ 51,6 bilhões (1,07% do PIB).
Em 2013 a receita
previdenciária pelo Regime Próprio de Previdência Social da União (RPPS) das
contribuições dos 1.262.028 servidores ativos do governo federal (907.267 civis
e 354.761 militares), com salário médio mensal de R$ 8.841,59, foi de R$ 26,7
bilhões (0,55% do PIB). A despesa previdenciária dos benefícios pagos aos
1.023.541 servidores aposentados e pensionistas do governo federal (728.233
civis e 295.308 militares), com salário médio de mensal de R$ 7.164,67 foi de
R$ 88,0 bilhões (1,82% do PIB), fazendo com que o resultado previdenciário
tenha sido negativo em R$ 61,3 bilhões (1,27% do PIB).
Taxa Média/Ano de
Crescimento Econômico Real Relativo
ao Período de 1964 a 2013
em Percentuais do PIB - Fonte de Consulta IBGE.
Períodos
|
1964/84
|
1985/89
|
1990/94
|
1995/02
|
2003/10
|
2011/2013
|
Média/Ano
|
6,29
|
4,38
|
1,40
|
2,30
|
4,06
|
2,00
|
1 – Nos 21 anos dos
governos militares, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 6,29%
ao ano.
2 – Nos 5 anos do governo
Sarney, com moratória internacional e hiperinflação, o Brasil teve um crescimento
econômico real médio de 4,38% ao ano.
3 – Nos 5 anos dos governos
Collor e Itamar, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 1,40% ao
ano.
4 – Nos 8 anos do governo
FHC, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 2,30% ao ano.
5 – Nos 8 anos do governo
Lula, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 4,06% ao ano.
6 – No governo Dilma
(2011/2013) o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 2,00% ao ano.
Taxa Média/Ano de
Crescimento Econômico Real Per Capita Relativo
Período de 1964 a 2013 em Percentuais do PIB -
Fonte de Consulta IBGE.
Períodos
|
1964/84
|
1985/89
|
1990/94
|
1995/02
|
2003/10
|
2011/2013
|
Média/Ano
|
3,64
|
2,44
|
(0,18)
|
0,79
|
2,86
|
1,07
|
1 – Nos 21 anos dos
governos militares, o Brasil teve um crescimento econômico real per capita
médio de 3,64% ao ano.
2 – Nos 5 anos do governo
Sarney, com moratória internacional e hiperinflação, o Brasil teve um
crescimento econômico real per capita médio de 2,44% ao ano.
3 – Nos 5 anos dos governos
Collor e Itamar, o Brasil teve um crescimento econômico real per capita médio
negativo de 0,18% ao ano.
4 – Nos 8 anos do governo
FHC, o Brasil teve um crescimento econômico real per capita médio de 0,79% ao
ano.
5 – Nos 8 anos do governo
Lula, o Brasil teve um crescimento econômico real per capita médio de 2,86% ao
ano.
6 – No governo Dilma
(2011/2013) o Brasil teve um crescimento econômico real per capita médio de
1,07% ao ano.
PIB A Preços Correntes
Fonte IBGE
Ano
|
R$ Bilhões
|
US$ Bilhões
|
2002
|
1.477,8
|
504,4
|
2003
|
1.699,9
|
553,6
|
2004
|
1.941,5
|
663,8
|
2005
|
2.147,2
|
882,4
|
2006
|
2.369,5
|
1.088,8
|
2007
|
2.661,3
|
1.366,5
|
2008
|
3.032,2
|
1.650,7
|
2009
|
3.239,4
|
1.625,6
|
2010
|
3.770,1
|
2.143,9
|
2011
|
4.143,0
|
2.475,1
|
2012
|
4.392,1
|
2.257,7
|
2013
|
4.838,0
|
2.225,6
|
PIB Per
Capita
Fonte IBGE
Ano
|
R$ 1,00
|
US$ 1,00
|
2002
|
8.382
|
2.861
|
2003
|
9.511
|
3.097
|
2004
|
10.720
|
3.665
|
2005
|
11.709
|
4.812
|
2006
|
12.769
|
5.867
|
2007
|
14.183
|
7.283
|
2008
|
15.991
|
8.706
|
2009
|
16.918
|
8.490
|
2010
|
19.016
|
11.094
|
2011
|
21.252
|
12.696
|
2012
|
22.402
|
11.488
|
2013
|
24.065
|
11.070
|
Taxa Média/Ano de
Desemprego Aberto (%)
Fonte IBGE
1994
|
2002
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
5,1
|
11,7
|
6,7
|
6,0
|
5,5
|
5,4
|
Carga Tributária Brasileira
– Fonte MF - % PIB
Base: De 1989 até 2012
Ano
|
1989
|
1992
|
1994
|
2002
|
2010
|
2012
|
Federal
|
16,05
|
17,00
|
19,90
|
22,08
|
23,15
|
24,76
|
Estadual
|
6,71
|
6,96
|
6,98
|
8,90
|
8,53
|
9,02
|
Municipal
|
0,95
|
1,00
|
1,02
|
1,37
|
1,85
|
2,07
|
Total
|
23,71
|
24,96
|
27,90
|
32,35
|
33,53
|
35,85
|
1 – Em 1990 o Presidente
Collor assumiu o governo com uma carga tributária de 23,71% do PIB, entregando
o governo em 1992 com uma carga tributária de 24,96% do PIB. Aumento de 5,27%
em relação ao ano de 1989.
2 – Em 1992 o
Presidente Itamar Franco assumiu o governo com uma carga tributária de 24,96%
do PIB, entregando o governo em 1994 com uma carga tributária de 27,90% do PIB.
Aumento de 11,78% em relação ao ano de 1992.
3- Em 1995 o Presidente FHC
assumiu o governo com uma carga tributária de 27.90% do PIB, entregando governo
em 2002 com uma carga tributária de 32,35% do PIB. Aumento de 15,95% em relação
ao ano de 1994.
4 – Em 2003 o
Presidente Lula assumiu o governo com uma carga tributária de 32,35% do PIB,
entregando o governo em 2010 com uma carga tributária de 33,53% do PIB. Aumento
de 3,65% em relação ao ano de 2002.
5 – Em 2011 a
Presidente Dilma assumiu o governo com uma carga tributária de 33,53% do PIB
aumentando para 35,85% do PIB no seu segundo ano de governo. Aumento de 6,92%
em relação ao ano de 2010.
6 – De 1990 até
2012 a carga tributária brasileira teve um aumento real em relação ao PIB de
51,20%.
6.1 – Aumento da
carga tributária federal no período – 54,27%.
6.2 – Aumento da carga
tributária estadual no período – 34,43%.
6.3-
Aumento da carga tributária municipal no período – 117,89%.
Carga Tributária Brasileira (CTB)
- COMPARAÇÃO INTERNACIONAL
– Fonte MF
Base:
Ano de 2011
CTB Comparada 2011 – Brasil x Países OCDE Selecionados
As
comparações dos valores de carga tributária nacional com as de outros países
devem ser feitas com cuidado, pois algumas espécies tributárias existentes em
um país podem não existir em outros. Um exemplo é a previdência, que em alguns
países é privada, não fazendo parte da carga tributária. No caso do Brasil, há
que se considerar, além da complexidade de um sistema federativo com três
esferas de Governo - cada um com sua competência tributária, a magnitude dos
serviços que o Estado pretende prover à população. A carga atual está
determinada pelo orçamento e, do ponto de vista legislativo, não tem havido
medidas no sentido de aumenta-la, pelo contrário, sucessivas medidas de
desoneração têm sido aprovadas. O gráfico abaixo apresenta, a título
ilustrativo, uma comparação da carga tributária nacional com a de alguns países
da OCDE.
A carga tributária de cada
país é determinada segundo a combinação de sua estrutura legal-tributária e de
suas características sócio-econômicas. Fatores culturais e comportamentais
também podem afetar a relação tributos/PIB nas diferentes sociedades. Estados
que se comprometem diretamente no provimento de bens e serviços relacionados ao
bem estar, como, por exemplo, educação, saúde e seguridade social,
implicitamente definem um nível mais elevado de pressão fiscal do que aqueles
que limitam sua atuação direta, abrindo espaço para a iniciativa privada. Não
se deve esquecer que a mesma carga tributária sobre PIB’s diferentes significa
diferentes níveis de prestação de serviços públicos. Em outros termos, mesmo
que a carga tributária seja a mesma, mas se um país tiver PIB maior, a
arrecadação de tributos em valores absolutos é maior e, portanto, a administração
pública poderá ofertar maior nível de serviços. Portanto, a análise comparativa
de carga tributária não deve resumir-se a mera análise aritmética e os dados
apresentados nesta seção devem servir apenas como insumo para uma abordagem
mais profunda e completa sobre o tema.
Países
|
% do PIB
|
Chile
|
21,4
|
Turquia
|
25,0
|
Estados
Unidos
|
25,1
|
Coréia do Sul
|
25,9
|
Suíça
|
28,5
|
Canadá
|
31,0
|
Espanha
|
31,6
|
Nova Zelândia
|
31,7
|
Israel
|
32,6
|
Brasil
|
33,3
|
Reino Unido
|
35,5
|
Hungria
|
35,7
|
Alemanha
|
37,0
|
Luxemburgo
|
37,1
|
Áustria
|
42,1
|
Itália
|
42,9
|
Noruega
|
43,2
|
Bélgica
|
44,0
|
França
|
44,2
|
Suécia
|
44,5
|
Dinamarca
|
48,1
|
CAPITAIS BRASILEIROS NO
EXTERIOR (CBE) – Fonte BCB
BASE: Ano 2012
US$ Bilhões
2001
|
2002
|
2003
|
2004
|
2005
|
2006
|
2007
|
2008
|
2009
|
2010
|
2011
|
2012
|
68,6
|
72,3
|
82,7
|
93,2
|
111,7
|
152,2
|
196,7
|
209,5
|
221,8
|
274,0
|
280,3
|
356,0
|
I Declarantes
O número de declarantes do CBE ano-base 2012
aumentou 21,7% em relação ao ano-base 2011 e ultrapassou vinte e seis mil
declarantes, a maior participação já registrada. Em comparação ao primeiro CBE,
ano-base 2001, o número de declarantes aumentou 127%. Declararam o CBE ano-base
2012 - 23.179 pessoas físicas – expansão de 19,4% em relação ao anterior – e
3.255 pessoas jurídicas – aumento de 41,4% na mesma base de comparação. O crescimento
do número de empresas declarantes decorreu, principalmente, das modificações
relativas aos ativos de crédito comercial. Nas edições anteriores, para essa
modalidade, foram considerados como ativos externos de declaração obrigatória
no CBE apenas aqueles de prazo de liquidação igual ou superior a 180 dias; na
edição atual, houve redução desse prazo para 30 dias.
II – Resultados Econômicos
O CBE apurou ativos totais
de US$356 bilhões para o ano-base 2012, expansão de 27% em relação a 2011.
Destacaram-se os investimentos brasileiros diretos no exterior (IBD), que
atingiram US$266,3 bilhões, crescimento de 31,4% na mesma base de comparação.
Os investimentos em carteira somaram US$22,1 bilhões (redução de 22,3% em
relação a 2011), os derivativos US$555 milhões (redução de 16,9%) e os outros
investimentos totalizaram US$67,1 bilhões (aumento de 38,2%). O estoque de
imóveis no exterior atingiu US$4,6 bilhões, ante US$3,6 bilhões na posição de
2011.
Em 2012, a participação de residentes no
capital de empresas no exterior, consideradas participações iguais ou
superiores a 10%, somou US$247,2 bilhões, crescimento de 28,1% na comparação
com 2011. Dessa forma, a modalidade participação no capital representou 92,8%
do estoque de IBD no ano, restando 7,2% para a modalidade empréstimo
intercompanhia.
A distribuição dos ativos de IBD –
Participação no capital permanece concentrada. Do estoque de US$247,2 bilhões,
64% referem-se a ativos detidos por residentes que possuem acima de US$1 bilhão
investidos no exterior, grupo constituído por 32 declarantes. Simultaneamente,
6.630 investidores possuidores de menos de US$10 milhões – 86% do número de
declarantes – respondem por US$11,7 bilhões do estoque de IBD – participação no
capital, cerca de 5% do total declarado. Da mesma maneira, pela ótica das
empresas investidas no exterior, as 34 maiores, de valor individual superior a
US$1 bilhão, somam US$139,5 bilhões , equivalentes a 56,4% do estoque total. Já
US$12,6 bilhões são compostos por 7.304 empresas investidas, de valor
individual inferior a US$10 milhões.
Com relação à distribuição geográfica do
investimento, o estoque de IBD – participação no capital concentra-se nos
seguintes países: Áustria (US$56,6 bilhões, 47 investidores), Ilhas Cayman
(US$40,3 bilhões, 739 investidores) e Países Baixos (US$28,2 bilhões, 235
investidores) que, juntos, somam mais de 50% do total. Os principais setores
investidos na Áustria e Países Baixos são indústria extrativa (US$45 bilhões e
US$13,7 bilhões, respectivamente) e indústrias de transformação (US$5,4 bilhões
e US$2,6 bilhões, respectivamente); já nas Ilhas Cayman, o estoque de IBD –
participação no capital concentra-se em atividades financeiras (US$37,3
bilhões). Outros dois países de destaque são Estados Unidos e Espanha, respectivamente
com 7,4% e 6,2% do total. Os paraísos fiscais centros financeiros permanecem
como importantes destino do IBD, citando-se, adicionalmente às Ilhas Cayman, as
Ilhas Virgens Britânicas, 9%, Luxemburgo, 6%, e Bahamas, 5,9%.
Considerando o setor da empresa investida, as
atividades de serviços representam 56,9% do estoque total de IBD – participação
no capital, com US$140,5 bilhões e 7.668 investidores. Destacam-se as
atividades de serviços financeiros e atividades auxiliares, US$94,4 bilhões e
3.831 investidores, dos quais US$34 bilhões, detidos por investidores pessoas
físicas. O setor de agricultura, pecuária e extrativa mineral representa 25,1%
do total, US$61,9 bilhões e 166 investidores. Merecem destaque as atividades de
extração de minerais metálicos, US$42,8 bilhões, e extração de petróleo e gás
natural, US$12,3 bilhões. A indústria responde por 18,1% do estoque total, com
US$44,7 bilhões e 352 empresas, com destaque para metalurgia (US$15,2 bilhões)
e bebidas (US$11,2 bilhões).
Os empréstimos intercompanhia, modalidade do
IBD que compreende créditos de qualquer natureza concedidos a subsidiárias e
filiais no exterior, atingiram US$19,1 bilhões ao final de 2012, dos quais
US$10,6 bilhões referentes a créditos comerciais. Em termos de distribuição
geográfica, destacaram-se os créditos concedidos aos Estados Unidos (US$4,2
bilhões) e Ilhas Cayman (US$2,6 bilhões). Em relação ao setor das empresas
devedoras, destacaram-se as empresas do setor de serviços (US$11,1 bilhões) e
indústria (US$4,5 bilhões). O aumento de 97,6% no estoque de empréstimos
intercompanhia deveu-se, em grande parte, ao maior volume apurado dos estoques
de crédito comercial, devido à redução do prazo mínimo para declaração.
Os investimentos brasileiros em carteira no
exterior totalizaram US$22,1 bilhões, dos quais os investimentos em ações
atingiram US$13,4 bilhões. Os investimentos em ações destinaram-se,
principalmente, aos Estados Unidos (US$4,8 bilhões) e Bermudas (US$3,1
bilhões). Os títulos de renda fixa somaram US$8,8 bilhões, sendo US$5,9 bilhões
de curto prazo e US$2,8 bilhões de longo prazo, ambos tendo com principal
destino os Estados Unidos (US$3,2 bilhões e US$1,4 bilhão, respectivamente).
Os recursos mantidos no país por instituições
financeiras na forma de moeda estrangeira e depósitos no exterior totalizaram
US$30,8 bilhões, distribuídos por contas nos Estados Unidos, US$12,1 bilhões,
39,3% do total, e Ilhas Cayman, US$10,8 bilhões, 35,1%. Os imóveis no exterior
somaram US$4,6 bilhões, sua maior parte localizada nos Estados Unidos, 30,3%, e
França, 12,3%. A conta “outros ativos”, estoque de US$4 bilhões em 2012, é
composta por ativos financeiros para os quais não foi possível identificar de
forma precisa a modalidade ou que não se encaixavam em nenhuma das modalidades
anteriores.
Gastos Públicos Consolidados – Fonte MF -
Base: R$ Bilhões
Ano de 2012
Itens
|
União
|
% PIB
|
Estados
|
% PIB
|
Municípios
|
% PIB
|
Total
|
% PIB
|
Servidores
|
(204,5)
|
(4,64)
|
(248,1)
|
(5,63)
|
(149,7)
|
(3,40)
|
(602,3)
|
(13,68)
|
Juros/Encargos
|
(135,0)
|
(3,07)
|
(20,8)
|
(0,47)
|
(4,5)
|
(0,10)
|
(160,3)
|
(3,64)
|
Amortização
|
(321,5)
|
(7,30)
|
(17,7)
|
(0,40)
|
(5,5)
|
(0,12)
|
(344,7)
|
(7,83)
|
INSS
|
(318,8)
|
(7,24)
|
-
|
-
|
-
|
-
|
(318,8)
|
(7,24)
|
Outras
|
(561,0)
|
(12,74)
|
(303,1)
|
(6,88)
|
(180,5)
|
(4,10)
|
(1.044,6)
|
(23,72)
|
Total Despesa
|
(1.540,8)
|
(34,99)
|
(589,7)
|
(13,38)
|
(340,2)
|
(7,72)
|
(2.470,7)
|
(56,11)
|
Total Receita
|
1.398,2
|
31,76
|
571,6
|
12,98
|
342,8
|
7,79
|
2.312,6
|
52,53
|
Resultado
|
(142,6)
|
(3,23)
|
(18,1)
|
(0,40)
|
2,6
|
0,07
|
(158,1)
|
(3,58)
|
Notas:
(1) PIB de R$ 4.392,1 bilhões no ano de 2012;
(2)
– Não considerado nas despesas e nas receitas o montante
de
R$ 299,0 bilhões em renegociação de dívidas.
Em 2012, o ‘Brasil Público’, gastou R$ 1.426,1
bilhões (32,39% do PIB) apenas com as seguintes rubricas: Servidores Públicos
(Ativos, Aposentados e Pensionistas, Civis e Militares) R$ 602,3 bilhões
(13,68% do PIB); Juros e Encargos R$ 160,3 bilhões (3,64% do PIB); Amortizações
R$ 344,7 bilhões (7,83% do PIB) e Previdência Social do INSS de R$ 318,8
bilhões (7,24% do PIB), gerando um déficit fiscal nominal consolidado de R$
158,1 bilhões (3,58% do PIB).
Devedores do INSS – Fonte -
Ministério da Previdência Social
Base: Ano 2012
I – COBRANÇAS ADMINISTRATIVAS
A atividade de cobrança consiste,
principalmente, na recuperação dos créditos levantados pela Fiscalização ou
confessados pelo contribuinte, relativos à contribuição devida e não recolhida,
pelas empresas à Previdência Social.
Durante uma auditoria fiscal efetuada em uma
empresa, é verificado o cumprimento das obrigações tributárias por parte do
sujeito passivo relativas às contribuições arrecadadas e administradas pela
Secretaria da Receita Previdenciária, podendo resultar na constituição de
Notificação Fiscal de Lançamento de Débito – NFLD, Lançamento de Débito
Confessado – LDC ou Auto de Infração – AI.
Não havendo pagamento, parcelamento ou
impugnação do crédito constituído dentro do prazo legal, o processo passa da
esfera administrativa para a esfera judicial e o débito é inscrito em Dívida
Ativa. Esta seção abrange a atividade de cobrança de processos de débitos
administrativos da Previdência Social.
Não são computados os parcelamentos do
Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, instituído pela MP no 2.0043,
de 14 de dezembro de 1999, cujos valores são recolhidos pela Secretaria da
Receita Federal, sendo posteriormente repassados à Previdência Social.
Anos
|
VALOR DE
COBRANÇAS ADMINISTRATIVAS (R$ Mil)
|
|||||
-
|
Tipo de
Instituição
|
|||||
-
|
Total
|
Órgãos
Públicos
|
Empresas
Privadas
|
Ignorado
|
||
-
|
-
|
Federais
|
Estaduais
|
Municipais
|
-
|
-
|
2010
|
123.287.268
|
196.899
|
10.313.851
|
15.262.633
|
97.506.685
|
7.200
|
2011
|
102.174.422
|
839.536
|
4.281.988
|
19.633.113
|
77.419.667
|
118
|
2012
|
96.674.936
|
44.824
|
2.975.738
|
18.430.657
|
75.223.523
|
194
|
Conclusões:
Em dezembro de 2012, a quantidade de débitos
administrativos foi de 290,2 mil, correspondendo a um valor de 96,7 bilhões.
Comparada com o ano anterior, a quantidade de débitos administrativos decresceu
34,1% e o valor diminuiu 5,4% no período. As empresas privadas participavam com
88,6% na quantidade e 77,8% no valor total dos débitos administrativos.
Comparada com o ano anterior, a quantidade de débitos de empresas privadas
decresceu 35,6% e o valor, 2,8%. A quantidade de débitos de órgãos públicos
federais e estaduais decresceu (48,1% e 21,7%, respectivamente), e nos órgãos
públicos municipais decresceu 19,0%. Com relação ao valor, o decrescimento foi
de 94,7% para os órgãos federais, de 6,1% para os órgãos municipais e de 30,5%
para os órgãos estaduais.
Em 2012, a quantidade de débitos
administrativos cadastrados atingiu 491,7 mil créditos, o que correspondeu a um
aumento de 33,1% em relação ao ano anterior. A quantidade de pagamentos de
parcelamentos atingiu 1.311,6 mil, o que correspondeu a um aumento de 64,5% em
relação ao ano anterior. O valor dos parcelamentos foi de R$ 4,6 bilhões, o que
correspondeu a uma elevação de 52,7% em relação a 2011. A quantidade de
pagamentos de débitos administrativos foi de 30,8 mil e decresceu 51,7% em
relação ao ano anterior, enquanto que o valor foi de R$ 363,5 milhões e
decresceu 61,3% em relação a 2011.
II - DÍVIDA ATIVA
As atividades da Dívida
Ativa se iniciam a partir de: (a) um processo, oriundo da área de Cobrança
Administrativa, relativo ao não recolhimento de contribuições previdenciárias
ou ao não cumprimento de obrigações legais que, após uma avaliação da
documentação para constatação da certeza e liquidez do débito, é inscrito na
Dívida Ativa; e (b) um processo cadastrado na Procuradoria relativo à cobrança
de débitos não-previdenciários (originado de ato do qual resulta dano ao INSS).
O
débito decorre de uma atuação da fiscalização e é documentado pela emissão de
uma Notificação Fiscal de Lançamento de Débito – NFLD, um Auto de Infração –
AI, ou um Lançamento de Débito Confessado – LDC, que é uma declaração
espontânea do devedor. Caso esse débito não possa ser cobrado na área
administrativa do INSS, ele é transferido para a Dívida Ativa, podendo ser,
posteriormente, ajuizado e/ou parcelado.
Ano
|
QUANTIDADE E VALOR DE
DÉBITOS NÃO PARCELADOS EM DÍVIDA ATIVA
|
|||||||
Quantidade
|
Valor (R$MIL)
|
|||||||
Total
|
Tipo de Instituição
|
Total
|
Tipo de Instituição
|
|||||
Órgãos Públicos
|
Empresas Privadas
|
Ignorada
|
Órgãos Públicos
|
Empresas Privadas
|
Ignorada
|
|||
2010
|
1.073.218
|
11.968
|
1.061.250
|
–
|
194.793.740
|
12.565.469
|
182.228.271
|
–
|
2011
|
1.282.419
|
14.484
|
1.262.473
|
5.462
|
161.792.168
|
11.874.095
|
149.826.294
|
91.779
|
2012
|
1.552.872
|
17.666
|
1.529.608
|
5.598
|
196.397.872
|
13.985.781
|
182.317.829
|
94.262
|
Conclusões:
Em dezembro de 2012, a quantidade de débitos
não-parcelados atingiu 1,6 milhão, no valor de R$ 196,4 bilhões, o que
correspondeu a um acréscimo de 21,1% na quantidade e de 21,4% no valor, em
relação a dezembro de 2011. As empresas privadas participaram com 98,5% da
quantidade e 92,8 do valor dos débitos não-parcelados.
A quantidade de
débitos parcelados, em dezembro de 2012 foi de 152 mil, e o valor atingiu 42,2
bilhões. Cerca de 99% da quantidade e 94,5% do valor dos débitos parcelados
foram de empresas privadas.
De 2011 para 2012, a quantidade e o valor dos
pagamentos de débitos aumentaram, respectivamente, 42,9% e 22,5%. A quantidade
e o valor do pagamento de parcelamentos convencionais decresceram,
respectivamente, 46,8% e 23,2%. O pagamento de parcelamentos especiais diminuiu
7% na quantidade e 3,3% no valor. O pagamento de outros débitos decresceu 7,7% na
quantidade e 0,9% no valor, naquele período.
14 de março de 2014
Ricardo
Bergamini
(48) 9636-7322
(48) 9976-6974
ricardobergamini@ricardobergamini.com.br
http://www.ricardobergamini.com.br
(48) 9636-7322
(48) 9976-6974
ricardobergamini@ricardobergamini.com.br
http://www.ricardobergamini.com.br
No comments:
Post a Comment