Friday, November 30, 2018

PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E VENDA DA FLORESTA POR COMPENSAÇÃO AMBIENTAL.

AO


CLUBE MILITAR – CASA DA REPÚBLICA

       ASSUNTO: PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E VENDA DA FLORESTA POR                                         COMPENSAÇÃO AMBIENTAL PARA MANTER SUA EXISTÊNCIA.

ATENÇÃO DO : GENERAL DE EXÉRCITO 
                                              ANTONIO HAMILTON MARTINS MOURÃO.    
                                        PRESIDENTE DO CLUBE MILITAR  E 
                                        VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

BOM DIA!

     O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE ENTRE SUAS VÁRIAS ATRIBUIÇÕES DEVERIA INTENSIFICAR  A APLICAÇÃO DA LEI DO DO USO DO FUNDO, COM RECURSOS  DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL.  http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/MEIO-AMBIENTE/558200-LEI-QUE-CRIA-FUNDO-COM-RECURSOS-DE-COMPENSACAO-AMBIENTAL-ENTRA-EM-VIGOR.html

ABAIXO SEGUE UM HISTÓRICO SOBRE AS ATITUDES OCORRIDAS NO MUNDO E NO BRASIL QUE DEVEM SER LEVADAS AO FUTURO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Sr JAIR BOLSONARO, A FIM DE ALERTÁ-LO EM ADOTAR  OS DEVIDOS CUIDADOS,  NAS DEFINIÇÕES  DE ORDEM HARMÔNICA, NAS ESCOLHAS DAS ESTRATÉGIAS QUE MELHOR DEFINEM O DESTINO DE NOSSA NAÇÃO, PARA O BEM MORAL E SOCIAL DOS NOSSOS CIDADÃOS.   

I ) HISTÓRICO
1)      Documento da COP 21 obrigará países a organizar estratégias para limitar o aumento médio da temperatura no planeta a 1,5ºC até 2100 - https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2015/12/paises-fecham-acordo-inedito-contra-aquecimento-global.html

2)      Acordo de Paris fez história  e direciona caminho a ser trilhado . A implementação do acordo é o início de um longo caminho que pode mudar o mundo. https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/epoca-clima/noticia/2015/12/acordo-de-paris-fez-historia-e-direciona-caminho-ser-trilhado.html

3)      Trump sai do Acordo de Paris. Ruim para o Planeta, pior para os EUA  Após muitas ameaças, o presidente americano enfim cumpriu sua promessa e deu o primeiro passo para tirar os EUA do maior acordo internacional sobre clima da história. https://epoca.globo.com/ciencia-e-meio-ambiente/blog-do-planeta/noticia/2017/06/trump-sai-do-acordo-de-paris-ruim-para-o-planeta-pior-para-os-eua.html


II) A CONSEQÜÊNCIA DESTAS ATITUDES INADEQUADAS DO GOVERNO TRUMP, NESTE ASSUNTO, POR TER SIDO APOIADO PELOS PROPRIETÁRIOS DE MINA DE CARVÃO, NOS U. S.  VEIO INFLUENCIAR O FUTURO PRESIDENTE BOLSONARO, QUE DESEJA SE TORNAR SIMPÁTICO  AO PODER  POLÍTICO  DO PRESIDENTE TRUMP, VIR AGIR DE FORMA INADEQUADA AO BEM ESTAR DA SOCIEDADE BRASILEIRA E AO MUNDO, COMO JÁ PODEMOS DESLUMBRAR PELA MANIFESTAÇÃO DO PRESIDENTE DA FRANÇA, PELA ATITUDE  DO DESEJO  DO FUTURO PRESIDENTE EM DESFAZER O ACORDO DE PARIS - https://www.lorientlejour.com/article/1145962/pour-macron-le-bresil-de-bolsonaro-complique-un-accord-ue-mercosur.html   http://www.plantaobrasil.net/news.asp?nID=102475&po=s https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/376481/Sondagem-247-para-72-mundo-deve-impor-san%C3%A7%C3%B5es-ao-Brasil-para-pressionar-Bolsonaro.htm

    A ADMINISTRAÇÃO TRUMP TENTOU ENTERRAR UM DOS RELATÓRIOS CLIMÁTICOS MAIS SIGNIFICANTES DA HISTÓRIA AMERICANA, MAS ESTE RELATÓRIO É MUITO IMPORTANTE PARA SE IGNORAR.

NÃO PODEMOS DEIXAR DE COMPUTAR NESTES PROBLEMAS OS INTERESSES DOS CRIADORES DE BOVINO E DE PLANTIO DE SOJA – QUE APOIARAM O  Sr BOLSONARO NA SUA CAMPANHA POLÍTICA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E QUE DESEJEM MAIS TERRA AGRICULTURÁVEL, DESTRUINDO FLORESTAS.   Desmatamento: A falta de água começa aqui - https://www.greenpeace.org/brasil/blog/desmatamento-a-falta-de-agua-comeca-aqui/

CONTANDO COM VOSSA COMPREENSÃO E SE POSSÍVEL AS AGILIZAÇÕES CABÍVEIS AO CASO EM QUESTÃO, ME DESPEÇO, DESEJANDO-LHE,

SAÚDE, RESPEITO E FRATERNIDADE,

PAULO AUGUSTO LACAZ
PRESIDENTE
SCCBESME HUMANIDADE
http://sccbesme-humanidade.blogspot.com/2018/11/marketing-da-palestra-sobre-o-novo.html





 

 


 





Thursday, November 29, 2018

O Jantar do Toffoli



O jantar do Toffoli com multinacionais e a Embaixada dos EUA: no cardápio, a ética pública e a independência do judiciário


jantar do toffoli com multinacionais
Jeferson Miola
Imagine-se um país em que o presidente da Suprema Corte participa de um jantar promovido por uma empresa de jornalismo profissional ao qual comparecem – além dos jornalistas, por suposto – executivos de poderosas multinacionais e a Embaixada dos EUA.
Esse país existe, e não é nenhuma ditadura de alguma republiqueta desprezível; é o Brasil, e os comensais têm notórios interesses econômicos, geopolíticos e estratégicos no país.
Foi exatamente o que aconteceu na noite da segunda-feira, 26/11/2018. O presidente Dias Toffoli, do STF, foi o “convidado principal da 11ª edição do encontro do Poder360-ideias, divisão de eventos do Poder360 […] que promove debates, entrevistas, encontros, seminários e conferências com o objetivo de melhorar a compreensão sobre a conjuntura nacional”.
Toffoli esteve acompanhado do seu staff – a secretária-geral, o diretor-geral e o assessor de imprensa do STF e o secretário-geral do CNJ. Além dos/as jornalistas, participaram do evento executivos do PIB multinacional, como o presidente, o vice-presidente jurídico e o executivo de relações corporativas da Coca-Cola no Brasil; o presidente da McKinsey & Company, conhecida como a líder mundial no mercado de consultoria empresarial; a presidente da Microsoft no Brasil; o presidente e o executivo de relações institucionais da Shell no Brasil; o diretor de relações governamentais e a diretora jurídica da Souza Cruz; e, cereja do bolo, o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA no Brasil.
O serviço do saite Poder360 informou que “O jantar foi no tradicional restaurante Piantella, no centro de Brasília, e participaram do encontro jornalistas de vários veículos e empresários”. […] “A sala usada para o encontro fica no mezanino do estabelecimento e é decorada com fotos históricas de políticos e eventos do poder na capital federal”.
A reportagem do Poder360 anotou diversos temas abordados por Toffoli:
– sobre o indecente aumento salarial para a aristocracia judiciária, que custará mais de R$ 5 bilhões ao ano aos cofres públicos, Toffoli gaba-se que foi “O 1º desafio complexo vencido” [sic]. […] “Segundo o presidente do STF, a decisão é o ‘regaste da dignidade da magistratura e do Ministério Público” [sic];
– sobre o limite salarial da casta privilegiada, ele entende que “Tem que acabar com o teto. O teto vira piso. […] O fato é que nós temos que redefinir essa questão relativa ao teto.”;
– ele reconhece que o ativismo político do judiciário tem o mesmo caráter golpista que teve o golpe militar de 1964: “É hora de o Judiciário se recolher ao seu papel tradicionalDeixar a política e os representantes eleitos pelo povo assumirem as proposições[…] Nós não podemos cometer o mesmo erro que os militares cometeram [em 1964]. E conclui com uma afirmação estapafúrdia, que deturpa a história: “O que a sociedade pediu [?!] foi para eles [os militares] entrarem, solucionarem o problema e saírem” [sic];
– sentindo-se à vontade, Toffoli antecipa juízo de valor sobre matéria que poderá ter de julgar, como a revogação da “PEC da Bengala”. Em linha com os tempos bolsonaristas, usa a mesma linguagem do presidente eleito: “Isso aí é inconstitucional. Vai valer apenas para quem ele [Bolsonaro] indicar. É 1 esforço inútil[…] O Moro me disse que isso aí não existe na proposta dele..
O evento expõe uma perigosa e inconcebível promiscuidade entre o chefe do Poder Judiciário com multinacionais influentes e com o governo dos EUA. Não se encontra na Constituição da República, tampouco na Lei Orgânica da Magistratura e no Código de Ética da Magistratura, algum dispositivo que Toffoli possa se amparar para justificar tão escandalosa intimidade.
Qual o critério para a seleção daqueles comensais é um mistério que o serviço do evento não deixa claro. O certo é que se acontecesse um jantar desse estilo em Washington, o escândalo defenestraria o funcionário público – no caso, o juiz – em poucas horas.
Por questão de justiça, se é que se pode falar em justiça neste Brasil de exceção, deve-se lembrar que esta prática promíscua não foi inventada por Toffoli.
Carmem Lúcia, que o antecedeu na presidência da Suprema [sic] Corte foi a convidada do programa inaugural do Poder360-ideias em janeiro, em convescote que contou com a presença da Coca Cola, Shell, Siemens, Souza Cruz, Telefônica Vivo – além, naturalmente e por suposto, de jornalistas.
O serviço do Poder360 da época não informou o motivo para a ausência da Embaixada dos EUA naquele que também deve ter sido um momento tão íntimo e de inesquecível estupro do que deveria ser uma República, uma democracia e um Estado de Direito.
Naquele como neste evento, jantaram a ética e a moralidade pública e a independência do judiciário em relação ao poder econômico multinacional e a governo estrangeiro.
[*] Nota: o registro fotográfico não deixa dúvidas do clima agradável, amistoso e de congraçamento do jantar.

Guerra civil no distrito petrolífero do Rio de Janeiro

 http://brasildebate.com.br/guerra-civil-no-distrito-petrolifero-do-rio-de-janeiro/


BRASIL DEBATE
28nov18

O petróleo não é apenas ‘ouro negro’, é o combustível sem o qual megalópoles se tornam inviáveis e os países sem meios de defesa. Nos próximos anos, a presença direta e indireta dos EUA no Brasil deverá aumentar, com foco no Rio. 


Marco Aurélio Cabral Pinto

É professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense, mestre em administração de empresas pelo COPPEAD/UFRJ, doutor em economia pelo IE/UFRJ. Engenheiro no BNDES e Conselheiro na central sindical CNTU. É colunista do Brasil Debate

Em 2006, com o anúncio público de extraordinárias reservas de petróleo, o Brasil foi abruptamente levado para o centro da geopolítica das grandes potências. E isso mudou tudo.

Pelo menos até 2014, a confluência de interesses nacionais de construção civil pesada e de empresas de mineração ajudou a garantir uma democracia liderada pela esquerda. Essa associação explica os principais movimentos do país desde então: (i) aproximação econômica com a China; (ii) expansão das fronteiras econômicas para a América do Sul e África; e (iii) geração de massa crítica de empregos tecnológicos qualificados no país.

No entanto, as enormes reservas de petróleo descobertas no subsolo profundo atraíram o interesse dos EUA. O hegemon passou a entender então o caminho escolhido pelos brasileiros como ameaça. O petróleo não é apenas “ouro negro”. É também o combustível de quase todo o transporte de mercadorias e passageiros no mundo. Sem o fornecimento contínuo de produtos processados (refino), as megalópoles rapidamente se tornam inviáveis e os países sem meios de defesa.

Os principais atores do “projeto nacional brasileiro” entre 2003 e 2014 foram sistemática e politicamente eliminados entre 2014 e 2016. O Supremo Tribunal Federal, o Congresso e a mídia corporativa ajudaram a implementar técnicas de guerra desenvolvidas dentro das agências de inteligência dos EUA (guerra híbrida, cooptação do Judiciário, espionagem etc.). A operação “de mãos limpas” Lava Jato atingiu estritamente os protagonistas do projeto brasileiro: firmas de engenharia, Petrobras, BNDES e líderes políticos responsáveis pela gestão e coordenação de políticas públicas.

O objetivo do presente trabalho é argumentar que a presença direta e indireta dos EUA no Brasil nos próximos anos deverá aumentar. Ao ponto de já ser possível identificar relações neocoloniais impostas de maneira profunda a partir do dominador externo. Pela primeira vez sob a égide norte-americana.
Nesse contexto, considerando-se a pior hipótese de que o tráfico de drogas não deponha armas, argumenta-se que o distrito petroleiro do Rio de Janeiro se tornará, nos próximos anos, um território de guerra.

1.A complexidade do crime organizado no Rio de Janeiro

Deve-se reconhecer que o porto do Rio de Janeiro foi elemento-chave na acumulação de riqueza pelas elites de São Paulo e de Minas Gerais desde meados do século 18. A política e o comércio no Rio de Janeiro tiveram papel fundamental: (i) como entreposto para o tráfico ilegal de escravos, quando as exportações de café ganhavam competitividade mundial; e (ii) como centro comercializador de droga estimulante, ingerida na forma de uma bebida preta, essencial para motivar a massa de trabalhadores recém-encarcerados nos EUA e na Europa.

Apesar de ser problema nacional, o tráfico de drogas foi inicialmente estabelecido nos morros e áreas pobres do Rio de Janeiro no início do século passado. No entanto, apenas nos anos 1980 o tráfico passou a ganhar escala. Anteriormente, era centrado na maconha, com emprego de armas leves, cujo símbolo máximo era o revólver de 38 calibres.

Nos anos 80, a cocaína começou a se espalhar entre camadas mais prósperas em quantidades crescentes, o que intensificou o processo de competição entre traficantes. Os primeiros rifles AR-15 apareceram. A cidade cresceu e o mesmo aconteceu com o número de favelas. A política possui enlaces com a cocaína desde o início. Primeiro nos anos 70, devido ao encarceramento de militantes de esquerda com criminosos comuns, foram criadas organizações criminosas complexas (Comando Vermelho).

Depois dos anos 80, a crescente corrupção da polícia e a correlação entre drogas e votos levaram os governos a se adaptar ao crime, limitando-se o confronto. Os anos 90 podem ser percebidos como a “era dourada” do tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Passado o apogeu, a concorrência autofágica aumentou entre traficantes de drogas.

Uma rápida sucessão de líderes, frequentemente mortos em conflitos entre grupos, elevou o número de violência na cidade.  Os jovens, cada vez mais jovens, em infinita sucessão, surgem de um mundo de oportunidades restritas e escassez material. Espera-se que, uma vez que os militares iniciem a repressão em larga escala, os traficantes locais que lutam entre si estarão juntos contra ameaça externa mútua.

Em 2008, 71 favelas eram dominadas por traficantes e 85 pelas milícias. Formadas por ex-militares, as milícias são grupos armados que se beneficiam da repressão policial contra traficantes de drogas.

 Uma vez que uma comunidade é invadida pela polícia, uma milícia garante a ordem social no dia seguinte. Mas as milícias cedo também começaram a fornecer serviços públicos, como água, gás, energia, tv a cabo etc. Tudo estritamente ilegal – nem contas, nem impostos. Recentemente, a milícia restabeleceu o tráfico de drogas como parte de seu cardápio ilegal. Milícias e tráfico de drogas possuem leis próprias, e qualquer desobediência contra as regras geralmente é punida com crueldade.

Por outro lado, o território do Rio de Janeiro tornou-se recentemente crucial para a geopolítica do petróleo dos EUA. Por causa disso, entende-se que nenhum grupo pesadamente armado, que possa ser cooptado por interesses “comunistas”, será mais tolerado pelo dominador estrangeiro. O retorno das forças militares à vida política se explica pelo imperativo da segurança.

Pela segurança é que deveria haver, entende-se que a qualquer custo, estreita relação entre o novo presidente eleito, os militares e o governo dos EUA. Para ampliar a confiabilidade no suprimento de petróleo, antecipa-se que os EUA estenderão ao Brasil os melhores meios para identificação e monitoramento de ativismo político. Para isso, torna-se importante que o Governo local colabore para que se implante tudo o que vemos nos filmes, plus acesso gratuito a todos os bancos de dados oficiais.

O “pacote de bondades” inclui “compartilhamento” de dados de biometria, finanças e redes sociais dos brasileiros. Como se pode compreender facilmente, a perseguição aos traficantes, moradores de áreas miseráveis, não impedirá a criminalidade ou o fornecimento de drogas no Rio de Janeiro. A verdadeira questão deve ser: em que configuração as elites locais atenderão às necessidades dos dominadores externos e continuarão a lucrar?

2.Um barril de óleo prestes a explodir

De acordo com o Mapa da Violência publicado pelo IPEA, 62.000 cidadãos foram assassinados em 2016, o que representa 10% da perda total de vidas no país. Entre estes, 72% de todos os assassinatos foram cometidos com armas de fogo. O Rio de Janeiro respondeu por 18% do crescimento anual. A quantidade e a sofisticação do armamento despachado pelos traficantes para o Brasil aumentam exponencialmente (Figura 1).


A resposta oficial tem sido a construção de novas instalações prisionais. Em 2017, mais de cem mil pessoas foram encarceradas por causa do tráfico de drogas. Cinco vezes quando comparado com a década anterior.

Infelizmente, o laissezfaire, laissezpasser não parece obter bons resultados como política de segurança. Nos últimos anos, o Departamento de Polícia do Rio de Janeiro dedicou tempo e esforços para a prevenção e repressão de crimes com alto grau de violência, como sequestro, agressão sexual, homicídio, etc. O resultado foi uma diminuição significativa no número de casos reportados de violência no território.

Por outro lado, desde 2012, os crimes contra os cidadãos quase duplicaram. Durante o mesmo período, os crimes contra a riqueza mais do que triplicaram. Em 2014, o Exército lançou uma das maiores operações urbanas que as Forças Armadas do Brasil já empreenderam – a Operação São Francisco, conduzida no Rio de Janeiro contra o tráfico de drogas. A permanência do problema levou o governador a pedir uma intervenção militar em janeiro de 2018.

Com a eleição do ex-militar J. Bolsonaro para a presidência da República em novembro passado teme-se que o Exército se prepare para uma ofensiva armada em larga escala contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. A despeito da vida de muitas pessoas pobres que vivem nas áreas dominadas.

Para garantir a “vitória do bem”, os EUA estão apoiando a preparação brasileira para a guerra civil. Em 2016, chegaram mais de 50 veículos de vários tipos: 34 veículos modelo M577 A2, 12 veículos modelo M113 A2 e quatro veículos de recuperação blindados M88 A1. Todos objeto de doação realizada pelo governo dos EUA por meio de “programa de vendas militares no exterior”.
A quantidade e variedade de armas armazenadas pelo tráfico de drogas no Rio de Janeiro são pouco conhecidas. Especialistas (Viva Rio) estimam que quase metade dos 15,5 milhões de armas de fogo no Brasil está associada ao tráfico de drogas, sendo metade localizada no Estado do Rio de Janeiro. Pode-se concluir que não menos que 2 milhões de armas de fogo podem ser distribuídas entre a população, se o tráfico de drogas decidir coordenar uma resistência armada no ERJ.

Os moradores das “favelas” aumentaram mais de 27% nos anos entre 2000 e 2010. Em 2018 havia 1,4 milhão de pessoas (20% do total) vivendo em favelas na cidade do Rio de Janeiro. 

Conclusivamente, o acesso a armas não parece um problema para uma possível resistência armada contra a aplicação da lei.

O grande impedimento parece ser a cooptação dos moradores. Os traficantes de drogas podem fazê-lo por meio de imposição, recompensas ou voluntarismo. Excluído voluntarismo, as demais soluções demandariam muitos recursos por parte dos traficantes. Ademais, nas outras vezes em que o tráfico foi confrontado, recuou. O voluntarismo pode surgir se, e somente se, as forças oficiais forem brutais com os pobres e/ou a permanência do desemprego não trouxer outra perspectiva de futuro que a miséria.

Daqui a dez anos, o resultado histórico provavelmente acomodará os principais atores em novo arranjo social: (i) o tráfico de drogas armado terá sido derrotado com a ajuda dos EUA, apesar da perda de almas no território contestado; (ii) a milícia se espalhará por todas as áreas mais pobres e a paz prevalecerá às custas da liberdade; (iii) os políticos serão beneficiados pelos votos reunidos pela milícia; (iv) o tráfico de drogas permanecerá como um trabalho possível para aqueles que são progressivamente excluídos do mundo moderno.



Wednesday, November 28, 2018

Tuesday, November 27, 2018

COMO QUEBRAR ESTE CICLO E ENTERRÁ-LO?

Adicionar legenda
https://www.facebook.com/cirogomessincero/videos/508175149592572/

WALL STREET FINANCE MORALIZATION REFORM 


MARKETING DA PALESTRA 
TRABALHADORES AMERICANOS ESTÃO VENDO SEUS SALÁRIOS AUMENTAR GRAÇAS À AGENDA PRÓ-CRESCIMENTO DO PRESIDENTE DONALD J. TRUMP.

EM DEFESA DO TRABALHADOR AMERICANO RESIDENTE NOS USA.

AQUI NO BRASIL O BOLSONARO DESEJA LIQUIDAR O TRABALHADOR BRASILEIRO. "BRAZIL LAST" E NOS USA "AMERICAN FIRST". É INCONCEBÍVEL QUE OS PROFESSORES DA AMAN E DA ECEME TENHAM ENSINADO AO GENERAL TAMANHAS ABERRAÇÕES EM MACRO ECONOMIA. 



EVOLUÇÃO - REVOLUCIONÁRIA


AMIGOS DO DUPLO EXPRESSO,

VAMOS ABRIR UMA LINHA DE AÇÃO, NESTE PANORAMA DE  CONSTANTE CONFLITO.E ANÁLISE DOS PROBLEMAS BRASILEIROS, CRIANDO UMA NOVA IDEIA HONROSA..

VAMOS PROPOR  UM NOVO REGIME POLÍTICO: O SOCIETOCRÁTICO REPUBLICANO, COM 

A ÉTICA NA GLOBALIZAÇÃO, NO NACIONALISMO E NO PATRIOTISMO, ESTRUTURADA EM UM CAPITALISMO POLICIADO.

https://www.humansandnature.org/the-ethics-of-globalism-nationalism-and-patriotism?fbclid=IwAR0QDHefcZ16peXsxzdC0ZiqwsLcFmQ6JPJ7aiShXDeAPVbPARVNWFz78L4

 VAMOS PREPARAR UMA CONSTITUIÇÃO  E COLOCÁ-LA EM NOSSA PRATILHEIRA PARA FAZER USO, QUANDO NÃO SEI  E DE QUE FORMA SERÁ POSSÍVEL. 

O MAIS IMPORTANTE É POSSUIRMOS UMA ALTERNATIVA, POIS A CRISE A SER GERADA PELOS NEOLIBERAIS DO BOLSONARO, EM MENOS DE  DOIS ELA EXPLODE.

QUANDO SANTOS DUMONT CRIOU O DEMOISELLI EM !906, CASO FOSSE REALIZADO NO BRASIL, OS  CULTOS DA ÉPOCA IRIAM PERGUNTAR ONDE ELE HAVIA ROUBADO ESTA PATENTE.

NO BRASIL TAMBÉM TEM BONS CÉREBROS. EU SOU UM DELES  - 30 ANOS DE ESTUDO EM MINHA BIBLIOTECA.

VEJAM O ARTIGO SOBRE O TEMA:


SEGUE ABAIXO UM E-MAIL QUE ENVIEI PARA UM MILITAR DA RESERVA. NÃO OBTIVE RESPOSTA

NO MEU PONTO DE VISTA A ESTRATÉGIA É DESESTRUTURAR O EXÉRCITO. CRIAR CONFLITO PATRIÓTICO, NACIONALISTA E DE ELEVADO  SENTIMENTO DE  SOBERANIA NACIONAL, PARA QUE SUJA UM " GENERAL GEISEL" 

https://www.humansandnature.org/the-ethics-of-globalism-nationalism-and-patriotism?fbclid=IwAR0QDHefcZ16peXsxzdC0ZiqwsLcFmQ6JPJ7aiShXDeAPVbPARVNWFz78L4

VOCÊS TÊM QUE ABRIR O PROGRAMA COM ESTE HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA SOCIETOCRÁTICA; E DEPOIS DURANTE O PROGRAMA COM O SOM BEM BAIXO - SOM DE FUNDO, OBJETIVANDO  CRIAR O SENTIMENTO PATRIÓTICO E NACIONALISTA, ISTO MATA A "BANCA". http://societocratic-political-regime.blogspot.com/2013/08/hino-da-proclamacao-da-republica.html

CANTO DE GUERRA             
http://societocratic-political-regime.blogspot.com/2016/03/canto-de-guerra.html?fbclid=IwAR1fZubhhAuT_IOGKfQBA6RSKFDfGf9te0mtMBX-xvQTW_RnCJ18QGB57QY

LEIAM A LETRA E VEJAM OS COMENTÁRIOS.

ESPERO QUE  TENHAMOS COMPETÊNCIA  DE AGIR COMO O GENERAL DE GAULLE ATUOU NA II GUERRA MUNDIAL.


NESTE MOMENTO TEMOS QUE  LUTAR PARA A RUSSIA DISCIPLINAR A UCRÂNIA E CALAR OS AMERICANOS. ESTA GUERRA PODERÁ FRAGILIZAR O GOVERNO DO BOLSONARO E FORTALECER O  GOVERNO VENEZUELANO.

AI SERÁ POSSÍVEL FAZER O EXÉRCITO BRASILEIRO SER UM EXÉRCITO CIDADÃO.
http://societocratic-political-regime.blogspot.com/2016/12/exercito-cidadao.html


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PREZADO CORONEL 

BOA TARDE!

GOSTARIA MUITO DE RETOMAR CONTATO DEVIDO A ESTA GRANDE INSEGURANÇA NACIONAL.

ONDE PREDOMINA O BAIXO NÍVEL DE SOBERANIA NACIONAL, PATRIOTISMO E NACIONALISMO.

http://www.tijolaco.net/blog/o-que-querem-fazer-do-exercito-por-nilson-lage/?fbclid=IwAR2oYxU0ovoV9D7IIiUpJ-Mu9mz1ushy9hxqn6YPpQ6zeIV2_OsrEP3Xc0I

PARA QUE POSSA OCORRER UM DESENVOLVIMENTO COM UM PROGRESSO NÃO ANÁRQUICO E  SOB UMA ORDEM  NÃO RETRÓGRADA NESTE MOMENTO DE  PROVÁVEL ELEVADA ANARQUIA, A SER GERADA  POR ESTE  REGIME POLÍTICO DEMOCRÁTICO - COM ESTE PLANO FINANCEIRO;  VENHO  SOLICITAR UM ENCONTRO, POIS JÁ ESTOU  FAZENDO ALGUNS CONTATOS NO CLUBE MILITAR.

TELEFONEI PARA SEU TELEFONE DA ECEME E FUI AVISADO QUE O SENHOR NÃO MAIS LÁ  PRESTAVA  SEUS  ELEVADOS SERVIÇOS NAQUELE ÓRGÃO MILITAR.

NESTE MOMENTO SINTO QUE OS MILITARES QUE VÃO FAZER PARTE DESTE  NOVO GOVERNO, VÃO SER CONTAMINADOS PELOS  POLÍTICOS DE UMA CÂMARA ALTAMENTE VENAL E ACABARÃO DESTRUINDO A MORAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO, QUE JÁ ESTÁ ATUANDO COMO MELÍCIA.

"NÃO ADIANTA TROCAR OS PORCOS (98% Políticos - 78% dos Magistrados e 70% dos Generais, Brigadeiros e Almirantes) SE O CHIQUEIRO(Regime Político)  FOR O MESMO".

SOMENTE POR MEIO DE UMA EVOLUÇÃO REVOLUCIONÁRIA SEREMOS CAPAZES DE DAR A VOLTA POR CIMA.

ESTA IDEIA DE VENDER TUDO É DE ELEVADO CRIME NACIONAL -  LIBERALISMO DE CHICAGO  DESTRUIU O CHILE A ARGENTINA E ETC.
https://societocratic-political-regime.blogspot.com/2018/11/choque-liberal-de-paulo-guedes-nao-deu.html

CASO NOS ALIARMOS COM OS USA, COM CERTEZA VIRAREMOS UM CONGO E O POVO BRASILEIRO FICARÁ NA ESCRAVIDÃO BRANCA.

SEGUE PARA SUA APRECIAÇÃO:

REPUBLICAN SOCIETOCRATIC REGIME LECTURE
ANEXOS
CURRICULUM VITAE

SOCIETOCRATIC REPUBLICAN BRAZIL FEDERATIVE NATION CONSTITUTION.– INCOMPLETE. - A PROTOTYPE THAT WILL BE FINISHED DURING 2019. http://sccbesme-humanidade.blogspot.com/2018/09/ii-introducao-e-resumo-apresentacao.html


ESTOU ATRÁS DE UM GENERAL DO ESTILO DO ERNESTO GEISEL!

MEU CELULAR - 55 21 983505928

NA ESPERANÇA DE RETOMAR O CONTATO, DESEJO-LHE,

SAÚDE, COM RESPEITO E FRATERNIDADE,

PAULO AUGUSTO LACAZ 
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Monday, November 26, 2018

Sou Como Me Fizeram E Nunca Percebi

  
    Jessé Souza, o maior sociólogo brasileiro vivo, publica seu aguardado estudo sobre a classe média ocidental (A classe média no espelho, Estação Brasil, 2018). Um trabalho que, em vários momentos, lembra Pierre Bourdieu, mas tendo estilo, foco e amplitude analítica próprios deste mestre nacional.

Não faço resenha, nem estudo crítico. A partir das pesquisas e análises de Souza, procuro entender as manifestações e compromissos políticos que desenham a sociedade brasileira nesta classe que, segundo seu trabalho, representa 20% de nossa população.

Fica claro que classe média não é somente um grupamento econômico.

Nenhuma classe o é.

 As classes sociais são um conjunto de reconhecimentos mútuos e por outras classes, inclusive dos invisíveis, onde a quantidade de dinheiro interfere mais pela educação, latu senso, do que pelas propriedades. 

É a distinção, que Jessé Souza (JS) também considera.

Uma de suas grandes contribuições é a gênese. Como se forma a classe média e, em geral, as classes sociais.

Com perspectiva diferente, João Fragoso e Manolo Florentino escreveram O Arcaísmo como Projeto (Diadorim, RJ, 1993), mostrando que a sociedade agrária e a elite mercantil se uniram para perpetuar a sociedade excludente escravista e colonial. 

Tenho afirmado que o Brasil jamais deixou de ser colônia. 

Teve poucos momentos de rebeldia libertadora, logo sufocados por golpes e pela desconstrução e deformação do ideal de um poder nacional.

Também foi este modelo que impediu, diferentemente do que aconteceu nos Estados Unidos da América (EUA), a formação da elite industrial. 

No Brasil ela nasceu com imigrantes que logo se acomodaram e se uniram ao poder naquela sociedade agrária-exportadora-financista, e dependente.

Quando começa a se formar nossa classe média? 

Temos uma colonizada e outra de objetivos próprios. 

Esta primeira tem origem nos “agregados”, figura da história e das ficções nacionais. 

Os tenentistas dos anos 1920 constituirão “a primeira grande expressão articulada” da classe média, com a “ideia de refundar o Brasil” (JS) e terão seguidores em militares, políticos e intelectuais nacionalistas.

Sempre interessou à minoria que detém o poder, em todos lugares e todas as épocas, manter a ignorância da maioria, em especial sobre sua situação. 

Para isso usa o sobrenatural, o desconhecimento sobre a natureza, e coloca falsos objetivos para reivindicações destas maiorias.

Como acentua Jessé Souza, os tenentes queriam refundar o Brasil.

 Eles, quando no poder com o contragolpe de 1967, agiram no sentido da criação do Estado Nacional forte e rico. 

Só um Estado Nacional Soberano seria capaz de promover justiça social, educação, saúde, transporte, segurança e cidadania.

Todo esforço do neoliberalismo está em demonstrar que o Estado é fraco e incapaz. 

Mas ocultam que este Estado sempre foi dirigido pelo poder dependente, agrário-exportador, cuja receita era definida pela taxa de câmbio estabelecida no exterior.

Em resumo: um poder permanentemente endividado.

Tratemos, sinteticamente, da importante questão cambial neste universo de engôdos e desinformações.

Entre 1961 e 1968, o Brasil adotou um sistema de taxa de câmbio nominal fixa, com maxidesvalorizações esporádicas. Em 1961, este sistema definiu duas taxas cambiais: uma para exportação de café e cacau e outra para exportações dos demais produtos e para as importações. No entanto, as pressões da elite já referida e de interesses estrangeiros no Brasil, obrigaram o governo a usar esquemas de “bonificações” e de “descontos” os quais, efetivamente, aumentavam a quantidade de taxas cambiais, tanto para exportações quanto para importações. 

Mas sempre em prejuízo do Estado Nacional.

Este sistema foi estabelecido pela Instrução 204, da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC). Um instrumento da política anti-industrial e de desemprego, sob a fantasia do “realismo cambial”.

Em 1964 foi unificada a taxa de câmbio e, até 1968, houve apenas três correções cambiais. Não é simples coincidência os governos Jânio Quadros e Castello Branco adotarem políticas contracionistas - hoje seriam de austeridade - que desestimularam a industrialização nacional e promoveram o desemprego.

De 1968 a 1990, o sistema adotado foi das minidesvalorizações.

 Porém o que se torna mais relevante é o estabelecimento de diversas taxas cambiais, conforme as estratégias de desenvolvimento nacional - I PND (1972-1974) e II PND (1975-1979).
Havia, por exemplo, o câmbio para o trigo, para o papel de jornal, para o pagamento de serviços da dívida, para o petróleo cru e derivados etc. 

Estas taxas permitiram o Brasil atingir altos níveis de crescimento e implantar os programas nuclear, de informática, de energia da biomassa entre outros.
Voltava a ser construído o Estado Nacional Brasileiro, projeto inconcluso de Getúlio Vargas.

A partir de 1990, sob o domínio da banca, as taxas cambiais passam a ser fixadas pelos interesses deste sistema financeiro, no regime do câmbio flutuante. 

É um retorno ao Império, à República Velha.

O poço sempre pode ser mais profundo, mas já descemos bastante quando o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o Estado mais industrializado do País, não é um industrial; como o juiz, considerado campeão na luta contra corrupção, está envolvido no Caso Banestado, da maior evasão de divisas do Brasil, de fraudes processuais, atestadas pela Polícia Federal e outros ilícitos. 

E é entregue a denominação religiosa o projeto de “escola sem partido”. Nem dá para rir.

Esta situação é o resultado de políticas anti-nacionais, desenvolvidas pelas esquerdas e pelas direitas, a partir de 1980, quando as Forças Armadas deixaram a condução do País.

Voltemos ao trabalho de Jessé Souza.

“Todo nosso comportamento está baseado em ideias, quer saibamos disso ou não. 

E, se não sabemos, não há como nos defender dessas ideias que influem em nossos atos, por vezes até em sentido oposto aos nossos interesses”.

São três formadores da opinião da direita e da esquerda no Brasil, segundo Souza: o “filósofo” Sérgio Buarque de Holanda, o “historiador” Raymundo Faoro e o “político” Fernando Henrique Cardoso. Esta “santíssima trindade” só poderia surgir em São Paulo, baluarte de nosso “ancien régime”, que combateu a formação do Estado Nacional de Vargas. 

JS afirma que o maior motivo foi a perda do “controle militar do Estado” pela elite agrário, exportadora, dependente paulista. Veja que, ainda nos anos 1960, o café tinha cambio privilegiado.

São Paulo identificou a necessidade de controlar o pensamento nacional (USP), a aviação independente da militar nacional (VASP), e a indústria submissa ao financismo, como na Inglaterra. Enquanto todo Brasil se desenvolvia com a União, a elite paulista buscava o desenvolvimento excludente, próprio, agindo como colonizador nativo. Os partidos que vem comandando o Brasil tem origem paulista e são, ambos, aliados da banca: PSDB e PT.

O banca, como escrevi diversas vezes, é socialista, é capitalista, é homofóbica,  é pela política de gênero, é religiosa, é ateísta, ela só não é nacionalista.

 O Estado Nacional é seu grande e maior inimigo. 

Veja os EUA, onde o aparelhamento do Estado, nos governos republicanos e democráticos, luta contra o industrialismo de Trump.

Nem esta ignorância, que nos impede de saber quem somos, é privilégio brasileiro.

Nas recentes manifestações, que tomam a França - les gilets jaunes (coletes amarelos) -, que deveriam ser a luta contra o neoliberalismo que domina o país (com socialistas e populares/direitistas, UMP) desde 1981, não é vista esta consciência, conforme podemos ler no Le Monde e Le Figaro e assistir nos jornais do canal TV5. São pessoas simples, pobres, como o jovem de uma cidade de 5.000 habitantes, que declarou ter comido, pela primeira vez, um “foi gras” deixado por automobilista numa mesa que coletava recursos para os bloqueadores de estrada. 

Nenhuma consciência de sua ação. 
Nenhuma compreensão da luta  em favor do Estado francês. 

Um mínimo ganho já o deixava contente, o “comprava”.

As Forças Armadas dos tenentes de 1920 tem enorme responsabilidade pela “refundação” do Estado Brasileiro. É a única instituição, de ação por todo território brasileiro, com força e confiança do povo para derrotar a banca, em suas diversas fantasias, laicas ou religiosas, psebistas ou petistas, de imagem séria ou corrupta, pois a banca nunca mostra a verdadeira cara.

Este livro de Jessé Souza ainda renderá outras reflexões.
Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado

Desmonte do Estado Brasileiro. O Caso Forças Armadas


Em 1979, quando o Presidente da República, estadista Ernesto Geisel sofreu o primeiro golpe do sistema financeiro internacional - banca - aplicado no Brasil, as Escolas Militares deveriam de imediato criar a cadeira “Finanças”.

Nem economia nem política econômica, mas Finanças.

 Disciplina prática, que ensinaria os mecanismos utilizados para gerar e se apropriar dos lucros, seus e dos outros, transferir e concentrar renda, administrar tributos e sobre as instituições, públicas e privadas, nacionais e internacionais, que atuam no mercado financeiro. 

Para o aprofundamento deste conhecimento seria realizada viagem de estudo ao Caribe, onde estavam sendo constituídos os paraísos fiscais.

Quando, na década de 1980, os governos do Reino Unido (UK) e dos Estados Unidos da América (EUA) aprovassem o ingresso dos capitais ilícitos (do narcotráfico, do contrabando de armas, das transferências de pessoas e órgãos humanos entre países, do financiamento de guerras e ações terroristas) no sistema financeiro legal, nossas Forças Armadas (FFAA) já estariam preparadas para entender e combater estes agentes adversos à Nação Brasileira.

Mas, ao contrário desta ação patriótica, os governos que se seguiram, sem exceção alguma, difundiram, defenderam e elogiaram as ações da banca, sob o véu de sua ideologia: o neoliberalismo.

Faço transcrição abreviada do recente A Classe Média no Espelho (Jessé Souza, Estação Brasil, 2018): “Os donos do dinheiro não podem simplesmente dizer: nosso intuito é deixar todos vocês, otários, sem propriedade e sem poder, apenas com a roupa do corpo, trabalhando para mim. Não há dominação de poucos sobre muitos sem o recurso à mentira e ao engano”.

Há um rol de farsas que você ouve, lê, assiste na teve, recebe pelas redes virtuais, por conferências de ilustres membros da banca e por toda gama de recursos disponíveis pela indústria cultural e pela comunicação de massa. 

Estes engodos são ditos e repetidos pelas esquerdas e pelas direitas.

Um destes ensinamentos é o empreendedorismo, cujo objetivo é acabar com o emprego assalariado; outro a competitividade, como se todos nascessem na classe média, que não precisassem vender sua força e resistência física, desde criança, e repetidas vezes, pois nada mais tem para oferecer ao longo da vida; outra a liberdade de escolha, como se a miséria, ou a escassez quase absoluta de recursos, permitisse optar por comida ou roupa diferente daquela única que  lhe é possível adquirir; e, na sociedade que sempre usou o conhecimento para fazer a distinção das classes sociais, colocar a instrução como nivelador ponto de partida para todos. 

Muitos outros embustes foram aplicados diuturnamente, pela imprensa, pelas redes virtuais, pelas igrejas, em romances e novelas a favor da banca.

 Uns por ignorância, outros por corrupção, aderiram.

Para o sistema que se desenvolveu com dinheiro ilícito, a corrupção é elemento integrante, quer da banca e quer do neoliberalismo.

A banca combate os Estados Nacionais: ou os aparelha ou os destrói. O que farão as Forças Armadas sem um País para defender?

Foram os militares, os tenentes de 1920, quem, pela primeira vez na História do Brasil, romperam o projeto do arcaísmo, dos “potentados regionais frouxamente interligados” no modelo agrário-exportador-financista-dependente.

A inexistência da elite industrial brasileira constituiu a maior dificuldade para  construção de nossa Nação Soberana.

 “Os industriais (emigrantes) preferiram sempre a acomodação e o compromisso, não raro por meio do casamento com os filhos da elite agrária” (Jessé Souza). 

Daí os esforços dos tenentes, em 1930, em 1967, e os incentivos, estultamente concedidos após 2003, terem se constituído em tiros na água.

 Como viu com clareza o Presidente Geisel, apenas o Estado atuante, empreendedor e desenvolvendo tecnologias de ponta libertaria o Brasil.

Mas foi derrotado pela insidiosa e malévola campanha do Estado Mínimo.

Para onde o estado neoliberal neopentecostal levará as Forças Armadas?

 Para o fracasso nas funções de segurança pública que lhes serão destinadas. 

Para as quais não foram treinadas, nem terão o controle das finanças, indispensável para combater seu principal antagonista: o narcotráfico.

E assim a banca mais uma vez desmoralizará, numa única tacada, o Estado Nacional e as Forças Armadas, que pretende destruir.

Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado