Tuesday, November 19, 2019

Mal du Siècle, Apocalypse Now ou Evangelistão do Pó?

------- Mensagem encaminhada -------

De: Pedro Pinho <pedroapinho652@gmail.com>
Para: undisclosed-recipients:;
Assunto: Mal du Siècle, Apocalypse Now ou Evangelistão do Pó?
Data: Ter 19/11/19 11:20
Mal du Siècle, Apocalypse Now ou Evangelistão do Pó?

Desde a "primavera de maio de 1968" iniciada em Paris pelos capitais do imperialismo anglo-israelense-estadunidense, estes buscam dominar o mundo como num verdadeiro conto de terror, das distopias como a descrita em 1984, por George Orwell.

O mais curioso e que estas dissonâncias - 1984 foi escrito contra o comunismo, mas representou muito bem o que se constrói com o neoliberalismo -, usando os recursos das tecnologias da informação e da comunicação, terminam por causar flagelos e apatias nas sociedades.

A mais antiga e eficiente construção das irrealidades são as mentiras do poder.

 Poderíamos começar com exemplos da Idade Média, da Idade Moderna, mas estaríamos europeizando a história.

Veja o caro leitor que, por História Geral ou História Universal, só é ensinada a história européia: após rápida passagem pelo Egito e Oriente Médio, a história se detém na Grécia, em Roma, no feudalismo, na Renascimento etc etc.

Os grandes impérios orientais, a magnífica construção do subcontinente indiano, para não falar do berço da humanidade, a África, estão fora do conhecimento de todos os habitantes do continente americano e, obviamente, dos livros europeus, para uso interno e para exportação cultural e ideológica.

Temos um exemplo.

A revista National Geographic, que se pretende erudita e divulgadora dos fatos do mundo, no número brasileiro de agosto de 2008 (Ano 9 - Nº 101), apresenta a matéria de capa sobre o Irã.

Desde logo, escreve: "o passado de glória inspira uma nação dividida". Dividida? como? Nada na reportagem indica qual a divisão existente no país.

 Seria o mesmo que chamar os Estados Unidos da América (EUA) ou o Estado de Israel de nações divididas, pois nelas existem diversos partidos políticos, embora sejam proibidas manifestações que o poder destes países considere antagônicas à sociedade (sic).

 Mas há um trecho ainda mais grotesco, quando procura mistificar e reduzir o "Cilindro de Ciro". Este objeto, de forma cilíndrica e escrita cuneiforme, contém um código social, de mais de 500 anos antes da Era Cristã, em favor da liberdade, contra a escravidão e a opressão.
 Não por acaso foi surrupiado dos iranianos pelo conquistador inglês e se encontra "guardado" no Museu Britânico, em Londres.
Mas há ainda maior discrepância com a realidade quando se compara o Cilindro de Ciro com a Magna Carta inglesa, como se o código persa estivesse "antecipando em quase dois milênios" um acordo dos barões britânicos.

Esta ficção em torno das Magnas Cartas, pois os dois documentos, um firmado por João sem Terra e outro por seu filho Henrique III, colocavam restrições à ação do rei em usurpar terras dos nobres, quando de suas sucessões, e davam outras garantias que não ultrapassavam aos membros da nobreza.

Temos a construção de mentiras que de tanto serem repetidas acabam sendo tão comuns e correntes como o ar que respiramos. Este sim, o ar mais poluído do planeta, pela enorme quantidade de inverdades, segregações, calúnias e deturpações.

As primaveras, desde a francesa, passando pela iugoslava (1990/1991) e as diversas ocorridas desde a queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), nada mais foram do que a articulação dos serviços secretos estadunidenses (CIA, NSA etc), britânico (MI6) e israelense (Mossad) para evitar que líderes nacionalistas e populares, com o apoio de seus povos, atingissem o poder nacional.

Há uma luta feroz contra a humanidade, envolvendo igrejas neopentecostais, produtores e traficantes de drogas, contrabandistas de pessoas e armas, o sistema financeiro internacional (banca) e estes serviços secretos do eixo do mal, para evitar o surgimento de Estados Nacionais Soberanos e Cidadãos.

É um verdadeiro refluxo civilizatório se considerarmos o Brasil de Vargas (1930) a Geisel (1979). O que poderia ser hoje uma potência, discutindo um novo mundo que se constrói com a aliança euro-asiática, é um país cada vez mais despido de autonomia decisória mais caudatária dos interesses das finanças internacionais e dos interesses dos novos e velhos impérios.

Para os que ainda têm qualquer ilusão dos males dos impérios, estude a África.

 No período em que a Europa vivia repartida em feudos, que as pessoas morriam pelas estradas de fome, de frio, ao abandono, o Reino Bantu coletava impostos em ampla área do centro e oeste africano. Pela força das armas e das traições, pelas corrupções e mentiras, os europeus, em especial os ingleses, assassinaram etnias, exterminaram línguas e culturas, escravizaram povos e saquearam seus recursos naturais.

 E o que deixaram?

Países artificialmente constituídos, com legislações impostas pelos colonizadores, sem soberania para explorar em benefício próprio suas riquezas naturais e culturais.

E o neoliberalismo, a ideologia destes colonizadores do século XXI, destiladas em todas as camadas sociais pela teologia da prosperidade, principalmente em igrejas neopentecostais, também incorpora o neomalthusianismo.
Sendo a contínua concentração de renda um objetivo da banca, chegará um momento em que seu maior inimigo não mais será o desenvolvimentismo industrial ou a mais equânime distribuição de riquezas.

 Será pura e simplesmente o crescimento populacional.

Observe as inúmeras campanhas pelo controle da natalidade, pelo incentivo às práticas infecundas das relações homossexuais, pelos ônus crescentes de novos filhos.

Ter filhos, muitos filhos é uma forma de reagir ao apocalipse neoliberal.

Do mesmo modo a valorização das culturas e produtos nacionais, o maior conhecimento da própria história, será uma reação à homogeneização, à pasteurização do mundo e da existência. Ou cairemos vítimas de nós mesmos, da nossa abulia, da nossa ignorância, das nossas opções instigadas por inimigos da própria raça humana.

Por fim, quero agradecer ao Duplo Expresso, na pessoa de seu fundador, Romulus Maya, a expressão "evangelistão do pó", usada no título, que resume esplendidamente a grande e atual ameaça ao Brasil: o projeto antinacional, religioso, associado ao tráfico de drogas como representante da banca.

Triste trópico!
Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado


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