Thursday, November 30, 2017

HAVERÁ UMA CLASSE MÉDIA OU SÓ RESTARÁ UMA LETRA

     O grande pensador e sociólogo Jessé Souza, em “A Elite do Atraso” (Leya, SP, 2017), antecipa estudo, que está em curso, e nos apresenta, ao lado da descrição da classe média, as suas frações. Transcrevo:


“Classe média é uma classe intermediária entre a elite do dinheiro, de quem é uma espécie de capataz moderno, e as classes populares a quem explora, ela tem que se autolegitimar tanto para cima quanto para baixo”. “Os quatro nichos ou frações de classe ....... denominamos fração protofascista, fração liberal, fração expressivista, que costumo apelidar de “classe média de Oslo”, e a menor fração de todas, a fração crítica”.

Como é óbvio, se há uma classe média, supõe-se uma classe alta e outra baixa. Se isto ocorreu, com razoável clareza na evolução da sociedade capitalista, o estágio atual do capitalismo – o financismo – provoca algumas novas considerações.

No capitalismo mercantil e no industrial, que conhecemos do século XVII a meados do XX, era fácil perceber o interesse da classe alta, a posição de capatazia, benevolentemente denomino gerenciamento, da classe média e da trabalhadora classe baixa. Cada uma com seus desejos, recursos e interesse em progredir.

Creio que em Norbert Elias li ser a moralidade o que distinguia a burguesia da aristocracia francesa, esta dominada pela devassidão, mas com intelectuais ainda hoje celebrados. Ali se fazia uma questão de definir modos e estilos de vida. Também em Elias se apresenta o confronto da classe média com a aristocracia prussiana, mas lá pelo conhecimento. Daí não haver um Saint-Simon ou um Chateaubriand naquela aristocracia germânica.

Mas neste colonizado Brasil, a classe média se forma sob a proteção do Estado, ou com o Estado, que é, no geral e com poucas exceções, o grande gerenciador dos interesses do estrangeiro e seus representantes nativos.

É preciso ter claro que, aqui e em muitos outros países, o Estado é o protetor e fornecedor de recursos para a classe alta, para os verdadeiros ricos e não para os assalariados.

Em artigos anteriores, procurei demonstrar que os golpes tinham, entre seus diversos interesses, o de evitar a industrialização brasileira. Recorde o de 1945, de 1954, de 1964 e, agora, da Lava Jato. O próprio golpe dentro do golpe, que sofreu Ernesto Geisel, levou o “neoliberal”” Figueiredo ao poder.

Mas a situação mudou. Leiamos a reflexão de Ruben Naveira:

“Ocorre que a classe média não se vê como classe dominada. Primeiro, porque ela almeja ascender à classe dominante (como se o poder no Brasil não fosse regido pela lei maior da concentração), e ademais porque ela sempre se prestou a instrumento da classe dominante para a dominação mais ostensiva das classes desfavorecidas. Ela, dominadora dos que lhe estão abaixo, pode não se ver como dominada pelos que lhe estão acima, mas é”. (Ruben Bauer Naveira, A Elite Brasileira Suicida-se, em GGN Jornal de todos os jornais, 07/02/2017).

Desde 1990, o capitalismo financeiro, que abrevio “banca”, domina o capitalismo.

Adrian Salbuchi, escritor argentino, no notável “El Cerebro del Mundo” (Editorial Solar, Bogotá, 2004), afirma que a banca é o Poder, e para exercê-lo e manter-se construiu uma “tecnoestrutura supranacional”.

Esta tecnoestrutura é composta de unidades financeiras, educacionais, de comunicação, de associações de classe (civis e militares) e de pesquisa, que permitem à banca agir, sempre, com precisão e oportunidade, em qualquer parte do mundo. Como se infere sem dificuldade, estas unidades são a nova capatazia. Agora globalizada.

Os exemplos são numerosos: a crise grega, as demandas financeiras de bancos alemães, a guerra na Síria, a guerra civil na Ucrânia, os golpes pró e contra muçulmanos no Egito e, também, algumas derrotas como a eleição de Trump e o Brexit.

Agora, caro leitor, o que teria a classe média, fora da produção de petróleo a grandes profundidades, tecnologia própria da Petrobrás, a oferecer à banca. Pois os controles e aproveitamento dos recursos naturais, biológicos, minerais já são realizados por empresas estrangeiras, e há muito tempo. A classe média só tem a oferecer a repressão policial. E esta não é cara; qualquer grupo mercenário pode ser usado.

Portanto, a classe média brasileira tornou-se descartável. Principalmente nas frações menos agressivas. E a invasão/provocação, sem qualquer receio ou pudor, com que os Temer, de todos os poderes (sic) da República, diariamente agridem a classe média, que os colocou lá, é resultado da inexpressividade de quem se posicionou do lado contrário a seus próprios interesses.

Veja, portanto, que a situação mudou, e a classe média, escravagista e obtusa, não percebeu.

Há duas ações que caracterizam a banca; uma delas é a permanente concentração de renda. Como alertou Ruben Naveira, como passar para outra classe se as “vagas” de lá decrescem.

Venho, desde os anos 1970, acompanhando empresas internacionais, parte pela necessidade profissional e parte pela curiosidade em conferir fatos com ideias. Quando do empoderamento da banca, pelas medidas adotadas por Margaret Thatcher/Ronald Reagan, cerca de 90 famílias controlavam perto de um terço dos fluxos monetários internacionais. Hoje menos de 50 respondem por quase a metade destes fluxos.

Não se trata de saber quem é rico ou muito rico. Mas, aos poucos, estes trilionários serão tão poucos que tornam inevitável uma catástrofe universal. Caso contrário eles serão derrotados pela pressão demográfica. E haveria então espaço para esta estulta classe média brasileira?

Convivo com esta classe. Assombra-me a ignorância de fatos e compreensão dos eventos mais evidentes. Os pobres, com quem também convivo, tem mais discernimento, ou sabem melhor o que lhes convém.

Também a classe média empresária parece não entender que o outro objetivo da banca é se apossar de todos os ganhos, de todos os setores econômicos, de todas as áreas de negócio. E isto, de início, significa mais trabalho e menos ganho, até só trabalho e o ganho de assalariado.

Fico portanto um tanto perplexo e um tanto no desalento de quem não vê uma saída capaz de articular o interesse nacional com a enorme maioria da classe média. E sem ela, os pobres também, pelos séculos de escravidão, quer pela etnia quer pela remuneração, ficam desnorteados, sem lideranças.

A preocupação do ensino no Brasil foi, quase unicamente, adestradora. 

Formar braços mais capacitados para o trabalho, nunca mentes mais capazes de pensar. 

E surge, como um bônus golpista, a escola sem partidos, ou seja, a escola do partido único, da doutrinação colonial, da ausência de crítica.

Se temos três classes, vamos reduzindo a uma, a mais pobre.

 A rica que não passar a superrica será engolida na concentração, a média, desnecessária, terá a remuneração da pobre. E está será reduzida pela contingência demográfica.

Para que Brasil?

 Países que chamávamos Líbia, Iraque, Ucrânia, Afeganistão já são colônias de empresas estrangeiras, cada uma com seu território, explorando um recurso finito, e com suas milícias para defendê-la. 

Aos poucos, insuflados pela banca, podem surgir movimentos independentistas, regionalistas e começarão a estilhaçar o Brasil.

 E as Forças Armadas, majoritariamente, poderia dizer integralmente, formadas pela classe média estarão discutindo corrupção, esquerdismos, comunismos e outras ideias divulgadas pela mídia da banca, sempre onipresente.

Será mais do que o suicídio de uma classe, será o suicídio de uma nação.

Pedro Augusto Pinho, avô, administrador pedroapinho652@gmail.com

Monday, November 13, 2017

ALIANÇAS, TRAIÇÕES E INTERESSES DE CLASSE

  Pedro Augusto Pinho - pedroapinho652@gmail.com  

         Recente artigo do pensador, político e jurista Tarso Genro, publicado no jornal Brasil 247, “Névoa na memória: Montalban e a estratégia petista”, trouxe-me duas sensações:

   A primeira de tristeza, por se ter perdida, durante os governos de Lula e Dilma, uma dúzia de oportunidades de elevar o debate no Supremo Tribunal Federal (STF) com a presença de Tarso Genro.

   A segunda da urgência de se discutir, há um ano das eleições, o significado das alianças.

  Para esta segunda, tentarei, sem o brilho e a profundidade do Tarso Genro, discorrer, pedindo a compreensão do meu prezado leitor para breve resumo histórico.

    A unificação alemã, em 1871, representou um novo período de tensões na Europa. 

   Recordemos que o Congresso de Viena, em 1815, deixara a Inglaterra praticamente sem concorrentes na colonização da África e da Ásia. Historiadores apontam a inteligência britânica em evitar o surgimento de um rival no continente europeu. A fragmentada Alemanha – a Confederação era formada por 39 estados independentes – passou boa parte daqueles anos em lutas pela liderança germânica, ao fim conquistada pela Prússia, ao coroar Guilherme I, Imperador.

Duas citações mostram, a meu ver, as diferenças internas na formação do Império Alemão. Alberto Malet e J. Isaac, em “Los Tiempos Modernos” (Editoral Iztaccihuatl, México, 1959), afirmam ser a Prússia “uma ideia, realizada por uma família, os Hohenzollern, e um exército”. 

Já a Áustria, que disputava a liderança germânica, era “um verdadeiro congresso de principados e de reinos”.

Mas não nos iludamos com esta “democracia” austríaca. 

Em estudo sobre os Habsburgo, que por mais de um século dirigiram a Áustria, o historiador e político inglês Alan Sked (Declínio e Queda do Império Habsburgo, Edições 70, Lisboa, 2008) atribui ao estadista austríaco, Príncipe Metternich, a frase: “tudo pelo povo, nada através do povo". Confirmando a descrição do viajante Peter Turnbull, em 1840: “provavelmente não há região da Europa que mais abunde doações caridosas do que nas abastadas províncias do Império Austríaco” (Austria, vol. 2, Forgotten Books, 2008, versão digital).

Um tanto atrasada na disputa colonial e com grandes demandas internas, a Alemanha busca as compensações com a I Grande Guerra. Sua derrota em 1918, um ano após o Império Russo se transformar em República Socialista, só aguça os problemas. O pós guerra vê surgir partidos, associações, grupos com múltiplas tendências e soluções para a enorme crise: crise política, crise econômica,  crise social e também crise militar.

Este fértil período, entre 1918 e 1923, denominado Revolução Alemã, servirá para os exemplos de nossa reflexão. Não só pelas forças políticas e econômicas, mas pelas motivações que ainda permanecem, além da trágica resultante: a ascensão e a vitória do nazismo. 

Ressalto que a história é sempre única. Mas alianças, traições e interesses de classes são humanos.

Em ótimo trabalho sobre “A Revolução Alemã” (Unesp, SP, 2017), a professora Isabel Loureiro enumera os partidos e tendências que serão os protagonistas, a partir de 1918. Resumo:
à direita, o Partido Nacional Popular Alemão (DNVP), principal partido após 1919, com monarquistas, grandes proprietários de terra, industriais, oficiais e parte da classe média, sobretudo no leste alemão.
ao centro-direita, o Partido Nacional Liberal, liderado por Gustav Stresemann, que será substituído, em 1919, parcialmente pelo Partido Popular Alemão (DPV), com Stresemann e Thyssen, representando os interesses do grande capital;
ao centro, o Zentrum (Centro), partido católico, que será dividido, em 1919, noZentrum, fração democrática, liderada por Erzberger e Joseph Wirth, dominada pela ala da direita; e o Partido Popular Bávaro (BVP), denominação local que exprime, principalmente, os interesses dos operários e pequenos camponeses católicos.

Também no centro, o Partido do Progresso Alemão, que acolhia a ala esquerda dos liberais, liderados por von Payer e Haussmann. Uma ala do Partido Nacional Liberal(centro-direita) e o Partido do Progresso Alemão formarão, em 1919, o Partido Democrata Alemão (DDP), representando a burguesia liberal e a pequena burguesia. Neste estará o irmão de Max Weber, Alfred Weber.

à esquerdaPartido Social Democrata Alemão (SPD), que será majoritário e irá  se inclinando para direita e terminará por apoiar até os monarquistas. Poderia dizer que é um partido burocrata conservador. Seus líderes mais importantes são Friedrich Ebert, Philipp Scheidemann e Hermann Müller. O Partido Social Democrata Alemão Independente ((USPD), com duas alas: da direita com Dittmann, Kautsky e Bernstein, e da esquerda com Ledebour e Kurt Eisner (este importante líder bávaro).

Liga Spartakus que pertencerá até dezembro de 1918 ao USPD, quando formará oPartido Comunista Alemão (KPD). Muitos de seus líderes são conhecidas personalidades históricas, como Rosa Luxemburg, Karl Liebknecht, Clara Zetkin e Paul Levi. E os Delegados Revolucionários (RO), nascidos nas fábricas de Berlim, nos anos da guerra, liderados por Richard Müller.

Elemento importante nas lutas políticas, que se transformaram em conflitos armados na Revolução Alemã, são os Conselhos, que Hannah Arendt chamará “tesouro perdido”.

 Havia Conselhos de Operários, de Soldados, formados regionalmente e nacionalmente.

A experiência de Conselhos, como instrumento de administração democrática, foi tentada, mas não aprofundada, nos governos petistas – Sistema Nacional de Participação (SNPS) – até o Decreto nº 8.243, de 23/05/2014 (Política Nacional de Participação Social (PNPS), ser detonado no Congresso, com o relatório de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Também na Alemanha a discussão teve idêntica argumentação: os Conselhos enfraqueciam a representação parlamentar. Este foi também um argumento que levou o SPD caminhar para direita. Mas, efetivamente, o que se observou foi a política de dar corda para a ação popular, acreditando na pouca experiência administrativa, na gravidade da situação econômica, e no capital minando qualquer solução ou benefício para a maioria.

Isabel Loureiro apresenta um caso que qualifico exemplar e é seguido por grande número destes agentes do terror e da fome. Transcrevo, resumindo:

“Hugo Stinnes, industrial poderoso referia-se à arma da inflação, que sabia manejar com destreza em proveito próprio. Ele e outros grandes industriais tinham fácil acesso ao crédito bancário. Com isso compravam empresas menores sem acesso ao mesmo crédito.

 Durante a guerra, o império Stinnes abarcou minas de carvão, fábricas de aço, indústrias elétricas, fábricas de papel, jornais, editoras, estaleiros, hotéis e fazendas. 

Especulando com o marco comprou 572 empresas.

Realizava seus ganhos em moedas estrangeiras e pagava com os desvalorizados marcos.

 Quando Joseph Wirth, chanceler, pediu sua colaboração, ele propôs a privatização das ferrovias e vantagens fiscais”.

Dispensado qualquer comentário, chamo apenas a atenção para a compra de jornais.

Em algumas oportunidades, as esquerdas conseguiram maioria e puderam governar. 

Foram sabotadas pelos Stinnes e pela direita, que tinha boa parte da imprensa a seu lado. 

Quando a direita sofre a segunda derrota em Munique, o governo de Johannes Hoffmann resolve chamar os Freikorps (grupos paramilitares) de Gustav Noske (Ministro da Defesa) que entram assassinando, aniquilando a República dos Conselhos. 

Não é surpresa que entre estes “corpos francos” se encontrem Rudolf Hess, Ernst Röhm (Estado Maior das SA), Heinrich Himmler, que faziam assim seu treinamento para 1933.

Vemos, nesta experiência multipartidária alemã, com partidos que transitam da esquerda para direita (o que não nos assombra neste tempo golpista), que as alianças são instáveis.

No Partido Comunista Alemão, após o II Congresso da Internacional Comunista, houve radical mudança de posição, passando do apoio aos “métodos legais da democracia parlamentar”, pregados pelo SDP, à “hora decisiva” em que a classe operária combaterá “de armas na mão”.

Também a democracia parlamentar – já criticada por K.M. Panikkar, nas conferências de 1958, na École des Hautes Études (Problèmes des États Nouveaux, Calmann-Lévy, Paris, 1959), “este sistema não penetrou no povo, nem nos próprios dirigentes”, como na introdução de “A Revolução Alemã”, “a democracia parlamentar, hoje mais que nunca apenas uma máscara para a acumulação do capital” – é o modelo que temos para alianças ou fixação de posições diferenciadas.

Curioso que no livro atribuído a Adolf Hitler – Minha Luta – haja um subtítulo (II Parte, Capítulo VIII) “O forte é mais forte sozinho”, onde se lê sobre alianças: “Toda realização importante será geralmente a satisfação de um desejo alimentado, de há muito, secretamente, por milhões de entes humanos” e adiante, no mesmo capítulo, “a fundação do Reich alemão resultou de uma luta pela hegemonia, sendo a Prússia que saiu vitoriosa”. “Quem acreditaria, há duzentos anos, que a Prússia dos Hohenzollern seria a célula mater do novo reino?” “Quem poderia imaginar um Reich alemão implantado sobre as bases de uma dinastia corrompida?”

Vemo-nos, portanto, diante de uma decisão mais complexa do que um simples acordo eleitoreiro.

Uma aliança deve se firmar sobre princípios e projetos que as partes tenham idêntica vontade de ver triunfar.

Seria possível ver a crise política como uma crise de representatividade e propugnar pela formação, valorização e aprofundamento dos Conselhos? 

Aqueles rejeitados por Eduardo Cunha?

 Ver a crise econômica como uma consequência do modelo concentrador do capitalismo financeiro e propor a efetiva interferência do Estado na fixação de câmbios e juros, diferenciados conforme os objetivos e o interesse social? 

Ou aceitar um Estado Mínimo, vestibular para o Nenhum Estado?

Ou então não teremos alianças, mas uma pré estreia de outro golpe.

 Mais um oportunismo, desacreditando a política aos olhos do povo, com as graves consequências que podemos antever.

Não estou investido de autoridade para me responsabilizar pelos resultados, isto me inibe de apontar caminhos ou dar soluções, mas imagino que as lideranças partidárias, os candidatos devam considerar as consequências de seus atos para o próprio futuro da atividade política.

Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado

ACORDA BRASIL! AINDA NÃO ESTAMOS MORTOS, VAMOS PARA GUERRA PARA TERMOS PAZ!

         Hoje o Brasil acorda mais triste, o Presidente Satanista, pilantra, canalha, aprovou na calada da noite a escravização do trabalhador brasileiro.

 Todos nós brasileiros acabamos de perder todos os direitos duramente conseguidos durante décadas de luta, e foi preciso somente uma canetada de um presidente corrupto, bandido marginal para que isso acontecesse, fomos traídos e esfaqueados enquanto dormíamos;  fomos traídos por um presidente que nem foi eleito, e que só tinha permissão de fazer a transição até a próxima eleição, mas também fomos traídos pelos políticos que colocamos lá na Câmara dos Deputados, a chamada CASA DO POVO. 

Esse é o começo do fim de um povo apático, de um povo que assiste a tudo sem reagir, de um povo pacato ao extremo que aceita ser chicoteado por quem deveria trabalhar pelo povo, esse é um povo desunido, enfim, esse é um pobre povo, nós somos o povo brasileiro, os mais novos escravos do mundo, escravizados por um canalha podre conhecido pelo nome de MICHEL TEMER. 

Como já diziam nossos antepassados " SE QUERES PAZ TE PREPARA PARA A GUERRA, SE NÃO QUERES NADA, ENTÃO DESCANSE EM PAZ". 

SE VOCÊ É UMA TRABALHADORA OU UM TRABALHADOR COMPARTILHE SEM PARAR, QUEM SABE O POVO ACORDA, AINDA RESTA ESTA ESPERANÇA DE IRMOS PARA GUERRA! 

COMPARTILHEM PELO FUTURO DE NOSSOS FILHOS  E NETOS. 

COMPARTILHEM.

*Deputado Federal*:
- Salário: R$ 26.700,00
- Verba Gabinete: R$ 94.300,00
- Auxílio Paletó: R$ 53.400,00
- Combustível: R$ 5.000,00
- Auxílio Moradia: R$ 22.000,00
- Passagens Aéreas: R$ 59.000
- Auxílio Saúde: R$ ilimitado
- Auxílio Educação: R$ 12.100,00
- Auxílio Aliment.: R$ 16.400,00
- Auxílio Cultural: R$ 13.400,00
- Auxílio Dentista: R$ ilimitado
- Auxílio Farmácia: R$ ilimitado

Portanto, senhores e senhoras brasileiros, este é o custo Brasil que vocês nos proporcionam

E o Salário Mínimo do trabalhador  é de R$ 937,00 para sustentar a família.

Será que o problema do Brasil são os aposentados?

Publique!!!😡

Se você repassar para somente 2 amigos nas primeiras horas, em 28 horas toda a população brasileira de aposentados vai tomar conhecimento deste ABSURDO.

AUTOR DESCONHECIDO RECEBI VIA PhIFONE

Sunday, November 12, 2017

A MORAL POSITIVA DOS MILITARES E A SOBERANIA NACIONAL!


Não há condições de se pensar que todos os militares possuem  formação plena  do comportamento Moral POSITIVO. Como a promoção a partir de um determinada patente não é mais por Mérito (Capacidade, Competência, Altruísmo) e sim por fatores políticos internos  e externos, SURGINDO as seleções  por amizade e muitas vezes por conchavo. 

Para melhorar este tipo de problema devemos introduzir a ideia de Exército Cidadão -   http://societocratic-political-regime.blogspot.com.br/2016/12/exercito-cidadao.html . Ideia criada pelo General Benjamin Constant, Patrono da República Sociocrática Brasileira, QUE NÃO É LEMBRADA COM LOVOR NO DIA 15 DE NOVEMBRO, COMO É 7 DE SETEMBRO, COM SUAS PARADAS EM COMEMORAÇÃO MONARQUISTA, LEMBRANDO DUQUE DE CAXIAS PATRONO MONÁRQUICO E OLIGARQUICO DO EXÉRCITO BRASILEIRO.

VAMOS COMEMORAR A REPÚBLICA SOCIOCRÁTICA, QUE FOI DETURPADA POR RUI BARBOSA, ADVOGADO DOS RICOS E MILIONÁRIOS, QUE REDIGIU  A CONSTITUIÇÃO DEMOCRÁTICA – 1891, DO CAOS REINANTE, DESTRUINDO A REVOLUÇÃO REPUBLICANA SOCIOCRÁTICA, COMANDADA POR DEODORO DA FONSECA EM 1889, COM APOIO CULTURAL DE BENJAMIN CONSTANT . http://palacazgrandesartigos.blogspot.com.br/2014/04/republica-sofrida.html 

Eles também são humanos e por isso alguns graduados são amorais, corruptos e sem noção de Rés-publica.
(**) Não podemos por a culpa no Capitalismo promotor da corrupção. Nós temos que ter um Capitalismo Policiado pelo Estado ( Banco Central Não Privatizado) com Penalidades elevadíssimas para os Corruptos e os Corruptores -  O Comunismo é um Capitalismo do Estado, tudo é abafado como ocorreu na Ditadura Militar.Vide como Funciona em Singapura: http://sccbesme-humanidade.blogspot.com.br/2012/06/acoes-contra-corrupcao.html
Então propomos: Intervenção já! Os Militares são necessários, vide a forma  de suas participações, DESDE QUE ELES ACEITEM.





Monday, November 6, 2017

DEPOIS DO GOLPE, A GUERRA?

        Recebi alguns comentários a meus artigos que identificavam o momento político que vivemos ao da Alemanha dos anos 1920, quando o nazismo foi sendo construído e se empoderando.

A história é única; num momento civilizatório e em determinado lugar. 

Mas o apetite capitalista pelo lucro, pela expansão imperialista, pela apropriação de bens é permanente.

 O que podemos tirar, como “lição da história”, como reflexão sobre um acontecimento é a resultante do conjunto de forças, como vetores em diferentes direções, que acarretou tal desfecho.

  Transcrevo, pela expressividade, rigor histórico e construção literária, na tradução da professora Isabel Loureiro, um trecho de “A crise da social-democracia”, de Rosa Luxemburg (in Gesammelte Werke, Dietz Verlag, Berlin, 1987):

A marcha de seis semanas sobre Paris transformou-se num drama mundial; o imenso massacre tornou-se um negócio quotidiano, de uma cansativa monotonia, sem qualquer solução à vista. A política burguesa está paralisada, presa na sua própria armadilha e já não pode exorcizar os espíritos que invocou.

A carne para canhão, embarcada em agosto e setembro repleta de patriotismo, apodrece agora na Bélgica, nos Vosges, na Masúria, em cemitérios onde o lucro cresce vigorosamente. Trata-se de guardar rapidamente a colheita. Sobre esse oceano, milhares de mãos se estendem, ávidas para arrancar a sua parte.

Os negócios prosperam sobre ruínas. Cidades transformam-se em montes de escombros, aldeias em cemitérios, regiões inteiras em desertos, populações em tropas de mendigos, igrejas em estábulos” (escrito na prisão e publicado na Suíça em 1916).

Ouso acrescentar: toda esta desgraça da I Grande Guerra gerou enormes lucros, aumentou fortunas e fortaleceu o poder dos ricos. Os resultados da Krupp, Thyssen, Stinnes estão aí para comprovar.

Avaliemos a situação e as forças da época.

A Alemanha Imperial, da unificação sob Bismarck, era o “Império Evangélico de Nação Alemã”. Guilherme I era não apenas um Imperador mas um “summus episcopus”. Como expõe Isabel Loureiro (A Revolução Alemã, Editora UNESP, SP. 1ª edição, 5ª reimpressão, 2017): “quando o edifício institucional da monarquia desmoronou no final de 1918, os protestantes (mas também a alta hierarquia da Igreja Católica) enveredaram por um caminho nacionalista e reacionário, em clara hostilidade à República”, de Weimar (1919/1933).

Temos, então, um quadro do poder, conservador mas nacionalista, na cúpula governamental e na elite dirigente alemã. Muito longe do que vemos no Brasil de hoje. A única variável que poderíamos identificar é a participação religiosa neopentecostal, dos partidos das “Igrejas da Caixinha”, na irônica referência de Gregório Duvivier (Greg News, 28/07/2017).

Formamos um modelo do atraso generalizado e, na forma comum destes mais de 500 anos, colonizado. Se acreditássemos viver numa efetiva democracia, poderíamos dizer que a submissão colonial é o mais popular desejo dos brasileiros. Mas sabemos que as eleições são, na imensa maioria, fruto de manipulação midiática, do dinheiro nacional e estrangeiro, como dos IPES e IBADES de 1962, e similarmente repetidos em 2014.

Poderíamos então, no modelo do império alemão, entender que estamos no argentário e fundamentalista sistema colonizado de hipocrisia republicana.

Agora que, com o auxílio da História, pudemos entender nosso presente, busquemos os objetivos.

Na Alemanha, conforme o grande estudioso do processo civilizatório, Norbert Elias (Os Alemães, Zahar, RJ, 1997), encontrávamos uma sociedade “afinada com um forte governo de cima para baixo, com pouquíssima participação de todos os governados”.

 Além de inteiramente oposta a mudança, não admitia a mínima participação popular e feminina, como uma verdadeira sociedade estamental. 

Veja, assim, os juízes e representantes da sociedade, exercendo suas atividades sem remuneração, limitando a aplicação da justiça e a elaboração normativa ao arbítrio e interesse de classe, dos ricos, dos rentistas daquela Alemanha Imperial.

Um ridículo nos cobre, um país mestiço e pobre, com parcela reduzidíssima de ricos, mas igualmente mestiços – aí estão os Cardoso, pela própria boca, e, igualmente, os Marinho, os Neves e tantos outros destes dirigentes “com um pé na cozinha” – buscando macaquear europeus ou seus descendentes estadunidenses, conseguindo apenas a permanente desmoralização nacional, agora potencializada pela “quadrilha dirigente”.

Fico pensando nestes adeptos dos bolsonaros, crivellas, dorias e seus similares; terão entendimento de sua ignorância, de sua autoflagelação, da fonte dos males que tanto reclamam?

 Não vêem que se prestam ao papel de massa de manobra dos interesses estrangeiros colonizadores e de serem seus capitães do mato locais?

Mais uma vez, vendo a escola pública – onde fiz meu primário nos anos 1949/1953, na Capital da República, e aprendi que “o Brasil era um país essencialmente agrícola”, que “no Império havia ordem e progresso”, o “grande inimigo do país, de homens católicos e ordeiros, era o comunismo ateu” e outras debilidades – hoje considerada modelo, pergunto, sem precisar discutir a didática colonizadora, a quantos servia aquela doutrinação? 10%, 15% da população?

E o que acontecia com a quase totalidade dos brasileiros?

 Formaria a massa contribuinte das caixinhas neopentecostais, dos patos bate panelas, dos que não conseguem se olhar no espelho sem ódio? E, assim, preparados para assassinarem seus irmãos?

Transcrevo de Isabel Loureiro, na obra citada:

Não por acaso, os estudiosos da época (Alemanha Imperial) são unânimes ao apontar no alemão médio traços da submissão e servilismo em relação aos de cima, compensados pela agressividade com os de baixo. É com essa matéria-prima psíquica que será moldada mais tarde a massa amorfa dos “pequenos nazistas”.

Para o Brasil, no recente livro de nosso maior sociólogo, Jessé Souza (A Elite do Atraso - da escravidão à lava jato, Leya, RJ, 2017), ao tratar do golpe de 2016 e da ação de nossas classes sociais, lemos:

a única classe consciente de seus interesses entre nós foi e é ainda a ínfima elite do dinheiro”. “O liberalismo conservador, baseado no falso moralismo da higiene moral da nação, vai ser a pedra de toque da arregimentação da classe média que se cria nessa quadra histórica pela elite do dinheiro”. “Toda a importância do lulismo recente reside aí. Foi com ele iniciado um esforço que, caso fosse levado adiante, redimiria essa classe condenada pelo ódio covarde devotado ao escravo no espaço de poucas gerações”.

Enfim, é a permanente crucificação das classes populares, cujo ódio lhe é votado especialmente pelas frações da classe média, que assumem ser o “capataz da elite do dinheiro de modo a subjugar a sociedade como um todo”.

Pelas redes sociais, por e-mails recebidos, vejo, com preocupação, que se desloca, de um possível acordo contra a efetiva luta de classes, a questão que se tem como premente. 

Sem pretensão da verdade, reflito:

a – a guerra é instrumento da elite, não conheci caso de guerra popular. Quando muito um engodo obtendo apoio mais amplo. Tanto que já lemos, neste artigo, o exemplo de quem, na Alemanha, ganhou com a I Grande Guerra. Populares são as Revoluções socialmente transformadoras; e muitas vezes, como da Bolívia neste século XXI, sem guerra. Também, se buscarmos os primeiros passos bolcheviques (um bom tema para as festividades dos 100 anos da Revolução) iremos encontrar as greves russas, em 1917/1918, pela paz, obtida, mesmo com perdas, pelo Tratado de Brest-Litovsk.

 Para os operários, para as massas populares, as guerras sempre representam mais miséria, mais privação, mais dor.

Posso estar vendo outras maldades, mas a violência urbana, que está diariamente, insistentemente, a todo momento ocupando as redes de televisão, os noticiários radiofônicos, as “análises de especialistas”, pode intencionalmente preparar as pessoas para uma violência ainda maior, travestida de salvadora. 

O Exército já é usado, todo tempo, como polícia; para a guerra civil nem se dará um passo.

b – as manifestações populares sempre possibilitam algum nível de consciência. Mesmo quando reprimidas e derrotadas. Exigir eleições em 2018, exatamente como previstas na legislação em vigor (que se tenta reinterpretar e desfigurar neste judiciário desacreditado) é um imperativo para a conscientização, muito mais do que para a improvável mudança de poder. 
Manter o povo nas ruas e votando, desde síndico de condomínio a Presidente da República, é dispor de um instrumento de reflexão, de debate, de entendimento, de consciência política, social e  existencial.

Por conseguinte, mesmo reconhecendo os riscos mostrados pela Alemanha dos anos 1920, mas consciente que a história nunca é a mesma, coloco como o objetivos dos que lutam por um Brasil Soberano e Democrático, pela construção do país justo e cidadão para todos, a urgência da defesa da paz e do calendário eleitoral.

 Vamos para a disputa nas urnas, sem mais fraudes.

Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado pedroapinho652@gmail.com>