É indiscutível a importância do PT; indiscutível também o patamar de votos que, a partir de Lula, dão a Haddad 20% dos votos.
No entanto, por que defendo que Haddad renuncie em favor de Ciro?
Não se trata de comparar os 20% de Haddad aos 11% de Ciro.
Trata-se de verificar seus patamares de rejeição.
Pois bem, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, a rejeição a Haddad é maior que a rejeição a Bolsonaro.
Desse modo, essa rejeição a Haddad elimina sua chance de vitória nessas eleições, vez que essa rejeição limita seu crescimento.
Se considerarmos que Haddad só muito recentemente se apresentou como candidato, não é fora de propósito afirmar que sua rejeição tende a crescer.
Bem diferente é o caso de Ciro. Ele tem a menor rejeição (22%). Com rejeição baixa, Ciro crescerá e vencerá as eleições presidenciais.
A política é o reino das estratégias.
Muitas vezes, recuos permitem vitórias e ataques precipitam derrotas.
Nunca é demais lembrar que a vitória de Bolsonaro significará a convalidação eleitoral da ditadura, de seus símbolos e de seus crimes.
Apostar na candidatura Haddad é, assim, erro estratégico.
É por isso que espero que o PT analise esses dados com a maturidade que o momento exige.
Se o PT não fizer esse cálculo, que sua militância o faça e opte por uma conta simples: a eleição presidencial é majoritária, por isso a rejeição importa mais que os 20% de votos potencialmente alcançados por Haddad.
Em eleições proporcionais, esses 20% de Haddad possibilitam a conquista de muitas cadeiras no Congresso Nacional.
Mas importa em derrota na eleição presidencial.
Não se trata de desmerecer Haddad, que tem inegáveis qualidades.
Pelos dados expostos e pelas qualidades inegáveis do candidato do PDT, a vez é de Ciro 12.
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