“Queremos soluções peruanas para os problemas do Peru” (Nossa Revolução É Nacionalista, General Juan Velasco Alvarado, ex-Presidente do Peru)
Dos bons professores que tive, um costumava afirmar: o óbvio é sempre o mais difícil de ser visto.
Sherlock Holmes propõe ao Dr. Watson um problema: quantos degraus há na escada que dá acesso a nosso apartamento. Ora, Holmes!, replica o doutor.
Você a utiliza algumas vezes por dia, mas nunca a observou, conclui o detetive.
Há aqueles que querem se convencer dos propósitos neoliberais, há os que acreditam numa esquerda (mas que esquerda?). O povo está inquieto, sem vislumbrar o rumo do Brasil.
Em 1962, em palestra na Abadia de Royaumont, perto de Paris, o historiador Giorgio de Santillana narrou uma pesquisa que se realizava no Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde trabalhava, sobre a visão das rãs. Afirmou que “a rã vê muito pouco. Ela não vê o que chamamos mundo. Consegue ver a mosca que se desloca, mas não vê a que está pousada a seu lado. Vê a sombra da asa do pássaro carnívoro que se aproxima, mas não o vê”.
Concluiu dizendo: “parece que além do que possa interessá-la diretamente, ela nada vê”.
No mundo de hoje, perto da terceira década do segundo milênio, a quase totalidade das pessoas parece não entender as forças que se defrontam no controle das sociedades. Como as rãs da pesquisa, seus cotidianos, tão cheio de incertezas e inseguranças, tolhem-lhes a visão mais ampla do mundo.
O confronto dos poderes temos, de um lado, o sistema financeiro internacional - que denomino banca, mas recebe também o nome de nova ordem mundial - e, de outro, a soberania dos Estados Nacionais, abreviaremos por nacionalismos.
Se a banca é una e única, os nacionalismos são vários e distintos, conforme as formações das nações. No entanto, pela sujeição dos movimentos transversais e identitários aos propósitos da banca, podemos, sem medo de incorrer em grande erro, afirmar que os nacionalismos, nos tempos atuais, estão mais próximos do que se convencionou qualificar direita.
E esta oposição coloca próximas da banca as esquerdas intelectualizadas, as esquerdas que se pretendem humanitárias, sem a análise dos objetivos e escusos meios da banca. As direitas entendem perfeitamente o que lhes está sendo subtraído por artifícios ilícitos e pela ação corruptora da banca.
A banca, atuando globalmente, tem nos nacionalismos seu mais importante opositor. E, para se precaver de surpresas, que as eleições sempre podem trazer, e garantir um padrão homogêneo de procedimentos, ideal para os negócios, a banca cooptou o judiciário.
É comum, nestes últimos tempos, ver o judiciário - quer na magistratura quer no ministério público - atuando politicamente e não juridicamente.
Esta situação decorre da Constituição de 1988, impropriamente denominada cidadã, pois uma Nação sem soberania não tem cidadãos; tem súditos, escravos, ou prepostos do colonizadores.
Vale sempre recordar que o Presidente Ernesto Geisel foi vítima do primeiro golpe aplicado pela banca no Brasil, ao designar seu sucessor aquele que iniciaria o desmonte do Estado Nacional, promotor da ciência, tecnologia e industrialização.
A Constituição de 1988 incluiu pautas identitárias, direitos de minorias e vantagens corporativas pois a banca, que lhe orientava, sabia que, não se consolidando um Estado Soberano, todas estas “conquistas” não se converteriam em duradouros direitos.
Veja o caro leitor que os debates que se levam aos eleitores e ao povo em geral não dizem respeito ao que verdadeiramente está em jogo.
Colocam a civilização contra a barbárie.
Mas qual a verdadeira barbárie, se a banca propõe tal concentração de renda que tornará impossível a vida de 90% da população mundial?
Ou do nazifascismo contra a democracia?
Mas qual democracia que surge com a quase totalidade das mídias - convencionais e virtuais - divulgando farsas, fraudes, mentiras, as “fake news” sempre em proveito da banca, iludindo eleitores e populações?
Onde se vê, se lê ou se escuta que o embate atual é da Soberania do Estado Nacional contra a colonização da banca?
O Ano Novo, para ter validade o adjetivo, deve empoderar as Forças Armadas que sempre tiveram a missão da defesa da Pátria, promover a profunda reforma do judiciário, deixando de ser um poder sem voto para ser um poder da Nação, e de colocar a mídia, em todas suas formas, e a indústria cultural para trabalhar pelo engrandecimento do Brasil, pelo reconhecimento de nossos feitos, como a capacitação única no mundo em exploração e produção de petróleo, de desenvolvimento de energias, de competência invejável no desenvolvimento agrícola, e muitas outras conquistas.
Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado
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