“Todos cantam sua terra,
Também vou cantar a minha,
Nas débeis cordas da lira
Hei de fazê-la rainha”
(Casimiro de Abreu, “Minha Terra”, em “As Primaveras”)
A eleição de outubro de 2018 foi preparada com quatro anos de
antecedência.
Mas o planejamento estratégico para conquista do Brasil vem desde
o início do século.
Se, em outra época, nos defrontamos com poderes nacionais, ou
ideologias conduzidas por Estados Nacionais, temos desde 1990 uma situação
inédita.
Há um sistema, acima dos Estados, que busca a hegemonia mundial:
o
sistema financeiro internacional, a banca.
Este sistema já aparelhou parcialmente a estrutura do governo
dos Estados Unidos da América (EUA), da maioria dos países da Europa Ocidental,
de países latino-americanos, africanos e asiáticos.
De tal forma que a bipolaridade da guerra fria, a unipolaridade
de 1989, a pretensa multipolaridade deste século, se defrontam hoje com três
poderes com ambições globais.
Por ordem de maior para menor poder temos:
a
banca,
o mercantilismo chinês e
o império estadunidense.
Pode ser estranho, para o caro leitor, esta posição dos EUA.
Mas
chamo a atenção da luta que se desenvolve, naquela nação, pelo controle do
Estado, de um lado a Casa Branca, com Donald Trump, e, de outro, as
instituições dominadas pela banca.
Comparando com o Estado Nacional Brasileiro,
todos são enormemente poderosos e, de algum modo, potenciais colonizadores.
Para entendermos o Brasil é necessário compreender as forças que
movem o mundo de hoje, não as de ontem ou de 60 anos atrás. E estas são as que
enunciei.
Perguntará meu arguto leitor: e a Rússia, a Federação Russa?
É óbvio que se trata de uma grande potência; mas, quer pelos
bloqueios e sanções, quer pelo desenvolvimento tecnológico autônomo, quer pelas
questões de seu vastíssimo território, a Rússia voltou-se para dentro, para
ocupação da Rússia Asiática e para defesa das
fronteiras, de suas áreas de influência. Se algum conflito visualizo com ela,
atualmente, será mais provável com as fronteiras chinesas do que as ocidentais.
Embora estas últimas venham sendo acossadas pela Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN), insepulto cadáver da guerra fria, a serviço da banca.
Concluindo esta abertura, chamo a atenção que todas as
organizações financeiras internacionais - Fundo Monetário Internacional (FMI),
Banco Mundial (WB), Banco Central Europeu (BCE), Fórum Econômico Mundial (WEF)
etc - só atuam em favor da banca.
Brasil e as Potências Coloniais do Século XXI
Organizemo-las no sentido inverso do poder.
I - Os EUA
Os EUA dominaram o Brasil a partir da Revolução de 1930,
substituindo o Império Britânico, por duas vertentes: econômica e cultural.
Não tivemos, como em alguns países das Américas e de outros
continentes, a presença militar. Mas sentimos sempre suas instituições de
espionagem, contraespionagem, de ações subversivas, que hoje se transformaram
em importantes atores da guerra híbrida.
A chegada de Trump à Presidência demonstrou que a banca é forte,
mas não invencível. Seu explícito interesse era a eleição de Hillary Clinton.
Sobre esta derrota da banca retomaremos adiante.
O Projeto Trump, divulgado na campanha, era a reconquista do
poder do Estado Nacional.
É muito importante não confundirmos o poder do Estado Nacional
com o poder exercido pelo Estado em prol de um sistema ou uma ideologia.
Trump quer o “American First”, e é seu maior trunfo. O
sentimento nacional é dos mais fortes impulsionadores do homem.
A competente colonização que sofremos, desde o fim da II Grande
Guerra até o século atual, nos conduziram a uma zona de conforto no
“American Way of Life”, com coca-cola, marlboro, calça lee, hamburger, e o
valor do consumismo. Também na crença da qualidade Made in USA, sobre as
demais, em especial as Feitas no Brasil.
Não cabe discutir origens nem responsabilidades. Temos um fato:
os EUA desejando firmar sua soberania sobre o Brasil e, boa parte da população
não sentindo, pela assimilação cultural, qualquer mudança social ou prejuízos
para Soberania e para as expressões do Poder Nacional.
Mas os EUA travam esta luta com a China e com a banca.
II - O Mercantilismo Chinês
Em análise da presença chinesa na África, descontada eventual
propaganda, foi mostrada uma diferença com a banca, assim entendida pelos
africanos: “a China não nos cobra privatizações nem que comprar nossas empresas
estatais”, ela quer comercializar seus produtos, comprar os nossos e construir
vias de transporte e armazenamento para incrementar este comércio.
Assim trato o mercantilismo chinês que, no extremo, nos
colocaria dependentes quer de produtos quer de tecnologias de uso. Já
conhecemos esta situação, em menor escala, com produção europeia e
estadunidense. O que faz diferença agora é o volume. Um verdadeiro tsunami que
nos faz pensar em outro ciclo cultural, a partir de seus produtos industriais e
de novos hábitos deles decorrentes.
Ambos dominadores, até agora tratados, convivem com as
estruturas de Estado brasileiras e as utilizam para seus propósitos e as corrompem, por ideologia ou simples suborno.
Diferente será a banca.
III - A Banca
A banca é dominador insidioso e malévolo.
No limite pretende a
destruição dos Estados Nacionais e da maior parte da humanidade.
Ela se utiliza de toda e qualquer ideia, emoção, interesse para
se infiltrar e dominar tudo e todos com dois objetivos principais:
a) transformar todas as rendas, sejam do trabalho, da produção,
do comércio, dos alugueis em rendas financeiras. Isto é feito sobretudo com a
arma da dívida, que gera, também, a escravidão;
b) promover a permanente concentração de renda.
A banca ora está com socialistas (Mitterrand ou Hollande) ora
com capitalistas (Chirac ou Sarközy), ora com religiosos (contra o aborto) ora
com ateus (pelo casamento homo afetivo), ora com ecologistas, ora pelo
desmatamento, ela está e estará sempre pela destruição dos Estados Nacionais e
pela redução da população mundial.
E é por essa razão que todas as guerras, sejam, como a quase
totalidade, com as forças estadunidenses, sejam com outras forças europeias -
inglesas, francesas, italianas - e mesmo africanas, asiáticas e latino-americanas,
terão, nos respectivos países, dirigentes representantes da banca, ou seja, a
banca nos governos.
E a banca pode, como é óbvio, ser republicana - os Bush - ou
democrata - Obama. A conduta será igual.
Desculpem-me os que se engajaram nas campanhas de Haddad e
Bolsonaro; mas, como escrevi mais de uma vez, qualquer resultado seria de
candidato da banca.
Visível pelo apoio de Fernando Henrique Cardoso (FHC),
Joaquim Barbosa e Geraldo Alckmin ou pela presença de Paulo Guedes.
Os Segmentos Nacionais
Bons tempos os da simplicidade de interesses regionais,
agropecuários e industriais.
Tão mais fácil era o Brasil, embora tão injusto,
escravagista e discriminador quanto hoje e sempre.
A historiadora Maria de Lourdes Monaco Janotti (O Coronelismo:
uma política de compromissos, Editora Brasiliense, 1981) escreveu: “por mais
poderosa que seja a ação das classes dominantes, suas aspirações e projetos
submetem-se, em grande parte, a um mecanismo econômico não controlado por elas
próprias”.
Vemos, neste século XXI, extrema complexidade na formação dos
próprios vetores que conduzem o poder e, consequentemente, tentar antever suas
resultantes.
Não tratarei das oposições.
Derrotadas e em conflito custarão
bastante para se recompor e lhes faltará o mais importante - o apoio popular -
até que surja a desilusão, o desencanto com o governo eleito e se abra um
espaço a ser conquistado.
Por história e hábito cultivado na sociedade, o vencedor tem
sempre o crédito e todas as batatas.
I - Aliados da Banca
O grande feito, a meu ver, desta eleição, que comprova a
articulação externa, foi o uso competente dos recursos apropriados pela banca
nos anos 1950.
Naquele tempo eram ainda novidades, surgidas na guerra e no pós guerra, na forma de teorias, com poucas aplicações: os sistemas gerais (systems
theory) e a informação (computer science). Foram com seus domínios e com o
desenvolvimento destes recursos que a banca criou, ampliou e impôs, a seu
proveito, a globalização e o uso da comunicação virtual, por exemplo.
Iniciemos, então, com os representantes deste interesse nos EUA,
identificados, entre outros, pela Heritage Foundation, National Endowment for
Democracy (NED), os Irmãos Koch e, por óbvio, o US Department of State.
No Brasil, são o Instituto Millenium (Paulo Guedes), o Instituto
Liberal (Rodrigo Constantino), o Grupo de Institutos Fundações e Empresas -
GIFE (Maria Alice Setubal) que os representam, formal ou ideologicamente.
Como é evidente, este grupo é constituído de vários ciclos, em
diversos níveis, interligados ou não, que produzem estudos, orientações,
gestão, recursos e pressões para o empoderamento e obtenção de resultados
desejados pela banca.
Não pretendo enumerar os atores nem mesmo as instituições;
apenas identificar segmentos que estão atuando, neste momento, na mesma
direção.
II - Setores Políticos
Temo-los nos partidos políticos, formalmente constituídos, com
ou sem representação no Legislativo, e nas organizações sociais, ditas da
sociedade civil, as classificarei como independentes (de partidos políticos).
A - Institucionais
São os Partidos os mais fáceis de compor com o Poder formal,
embora Bolsonaro tenha, com seu conhecimento de Congresso, atuado para o menor
atrito, isto é, por bancada ao invés de partidos. As bancadas pluripartidárias
se formam por meio de lideranças. Conquistada a liderança, ganha-se a bancada.
Temos, como exemplos conhecidos, a da bala, ruralistas, da saúde etc. Nos
partidos há vários segmentos, muitas vezes em oposição, que dificultam esta
adesão. Além do que, como as pessoas estão habituadas ao toma lá dá cá
partidário, usando a bancada poderá promover diversos partidos ao mesmo tempo,
dando a impressão que busca a competência e não a adesão.
Os segmentos partidários principais são do PSL e do PRTB. Os
demais entram pelas bancadas ou em caráter pessoal, como Onyx Lorenzoni.
B - Grupos “Independentes”
Esclareçamos logo que independência, em política, tem lado.
Estes grupos tem atuação política fora dos partidos, mas todos
com orientação de direita, em suas diversas vertentes que vão da monárquica, de
Luiz Philippe de Orleans e Bragança, à Frente Integralista Brasileira, de
Victor Emanuel Vilela Barbui, passando pelo Movimento Brasil Livre - MBL, de
Kim Kataguiri, pelo Revoltados On Line, de Marcello Reis, por Movimentos Contra
Corrupção e diversos atores individuais como youtubers, jornalistas e
escritores.
Todos aguardam sua fatia à mesa do espólio do País.
III - Evangélicos
Não cabe tratar de religiosos. A contemporaneidade talvez nem
seja a evangélica mas a neo-pentecostal. E há razões.
Primeiro pela influência cultural estadunidense que levou a esta
resposta no transcendental, e não naquela da tradição católica brasileira.
Depois pela ausência da função pública, do Estado, nas comunidades pobres,
carentes.
Tratando das periferias das grandes cidades, o que observamos:
os pastores, também o são como alternativa profissional e de ascensão social e,
em grande número criaram suas próprias Igrejas; residem nestas comunidades e
prestam assistência, do ombro amigo ou do auxílio, para levar ao Conselho
Tutelar ou ao SUS ou à Delegacia, com sua “autoridade” religiosa.
Mas juntam também suas ovelhas para agredir religiosos e fieis
de religiões de matriz africana e fazer campanha para candidatos da direita.
A Wikipédia, na lista dos partidos políticos brasileiros,
classifica PSC, PRB, PTC, DC e PRTB de partidos de centro para direita até a
extrema-direita.
Esta é a base. Os milionários bispos e pastores já não pregam
fora das telas da televisão.
É o apoio do conservadorismo social, da oposição às questões
identitárias, o contraponto idealizado pela banca em seu jogo de Janus.
IV - Judiciário de Resultado
Nos anos 1980 surgiu, à direita do movimento sindical, o
“sindicalismo de resultado” que desprezava as origens históricas e ideológicas
do sindicalismo em troca de vantagens pecuniárias. Julguei interessante
confrontar este judiciário, que ignora a doutrina e as próprias leis para obter
condenações, muitas vezes suspeitas, similar àquele evento histórico.
É o judiciário do agente Moro, do empresário Gilmar, muito
distantes de Friedrich Müller, de Manuel Hespanha, do nosso Marcelo Neves e, se
lhe der alguma retaguarda jurídica, só posso pensar no “direito justo” de Karl
Larenz.
Ele participa deste contexto, “com o Supremo e tudo”, com o
próprio Sergio Moro, magistrados de Tribunais Regionais e Superiores e a
Procuradoria Geral da República (!). Cedo, muito mais do que tarde, lhes cairá
ao colo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), também como instituição de
resultados.
Sua participação, aparentemente punitiva, servirá para eventual
defesa legal do novo acordão gerencial para o butim Brasil.
V - Militares
Vem-me à mente o conto de Conan Doyle
(The Final Problem), no qual Dr. Watson lamenta a morte de Sherlock Holmes: “it
is with a heavy heart that I take up my pen”.
Cercado de tios e primos militares, maternos e paternos, sido do
Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra (ESG), tenho por estes
profissionais mais do que admiração e patriótico orgulho. Tenho-lhes afeição.
Portanto, também com o coração pesado que vi, até por meus
parentes próximos, entrar nas Escolas Militares a sórdida e sibilina ideologia
neoliberal.
Parece uma fantasia! O comunismo, também um sistema ideológico
universalizante, fora percebido e repudiado pela maioria dos militares; o
neoliberalismo é assimilado como um bem a incorporar.
Nem mesmo a dicotomia
nacional vs global, que naqueles pensamentos está evidente, foi notada quando
se trata do ideário da banca.
Diante deste fato, que posso esperar dos generais Mourão,
Heleno, Paternelli, Ribeiro Souto, Santa Cruz e tantos outros? Que instaurem o
conflito pela Nação ou se curvem diante da Fazenda/Finanças? Sendo esta contra
o Estado Nacional Brasileiro?
VI - Comunicações de Massa
Esta eleição trouxe o século XXI para o Brasil. O mais evidente
foi a utilização das redes sociais no lugar da televisão e do rádio.
Interessante notar que a política acompanhou a evolução
tecnológica da comunicação. Em alentados estudos sobre a comunicação de massa
li, por exemplo, que Hitler só foi possível pela existência do rádio; também o
sucesso de Kennedy foi atribuído à televisão e, agora, a eleição de pouco
conhecido e mal avaliado parlamentar do baixo clero é atribuída às redes virtuais.
Deixo o registro como algo a ser pensado pelos políticos e
atores pela democracia.
Mas, desde já, fica a questão a respeito; quem se
apropria e maneja, com maestria, esta ferramenta que muda o pensamento e o
comportamento das pessoas. Até se viram contra os próprios interesses.
Considerações Complementares
Volto, de início, ao panorama externo. É impossível e ingênuo
imaginar um voo solo.
O mundo está, para o bem ou para o mal, interconectado. A
Rússia, mesmo fechada, não está isolada.
BRICS, TTIP, TPP, TISA, Aliança Atlântica, UE, UNASUL, MERCOSUL
e muitas mais siglas, tratados, instituições impõem-se aos países para
submetê-los e contê-los.
O Governo Bolsonaro, a exemplo do Temer, pode e talvez fique no
escanteio das relações internacionais.
As manifestações de pura ideologia serão
bem acolhidas na medida em que ajudem à banca ou a outro poder colonial
realizarem seus intentos.
Mas será danoso para o Brasil e para os próprios
negócios nacionais que ajudaram a formar este Governo.
A notícia da mudança da
Embaixada Brasileira para Jerusalém foi um alerta.
Talvez o caro leitor estranhe não ter sido tratado, até aqui, da
economia, ou seja, da produção e do consumo.
Mas parece que não terão espaço
maior do que a velha economia agrária exportadora. E, ainda assim, condicionada
pelo câmbio fixado no exterior.
Veja que não há um Ministério de Economia, apenas um de
Finanças, já aparelhado pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN): Banco
Central (BACEN) fica com o Banco Itaú; Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) fica com o Bradesco; Banco do Brasil, com a Mauá
Capital; Caixa Econômica Federal (CEF) com o Banco Bozzano e o resto, ora
o resto, como diria o agente Moro, não interessa.
O País está cercado, está tomado, pelo reino do capital
financeiro.
O trabalho será punido.
Com o desemprego e o subemprego, com
intervenções policiais nos poucos sindicatos remanescentes da legislação
trabalhista, na repressão às greves e na ação política do Congresso e do Judiciário de resultados.
A ser verdadeira a manifestação do futuro Ministro da Ciência e
Tecnologia, divulgada nas redes sociais, a respeito do uso da Base de
Alcântara, ao invés de desenvolvimento do conhecimento para soberania, o
astronauta nos dará uma administradora de imóveis (!).
Conclusões Possíveis e Nova Distopia
A chegada de Ronald Reagan ao governo, em janeiro de 1981,
despertou no estadunidense comum, no homem de renda e classe médias, uma
esperança de se ver representado por um igual, um homem de poucas luzes.
Semelhante, embora em outro contexto - a história não se repete -, ao que
acontece agora com Donald Trump.
Parece-lhe que terá a voz ouvida, acima das reivindicações da
extrema pobreza e das questões setoriais da sociedade e sem os recursos dos
ricos e poderosos: um sonho.
Os 15 segundos de glória da maioria silenciosa.
As crises, desencadeadas pela banca, trataram de eliminar as
ilusões.
Vieram “décadas perdidas” para o trabalho e os pequenos negócios,
desempregos e falências. A classe média se vingou votando em Bill Clinton,
nos democratas.
Mas os democratas também eram da banca ....E, mais uma vez o Zé
Ninguém se fez ouvir, repudiando a senhora Clinton e, indiretamente, a banca.
Se for possível uma comparação, diria que Collor e FHC foram os
republicanos, Lula e Dilma os democratas. Bolsonaro, o Trump. Ou estes últimos
teriam revelado o gênio dos marqueteiros políticos - Steve Bannon, com sua
Cambridge Analytica. Capaz de transformar o esperado tsunami azul, da eleição
em meio de mandato nos EUA, em simples marolinha, com a vitória republicana
para o Senado e, provável, no número de governadores, ficando os democratas com
51,3% da Câmara.
A esquerda brasileira foi soterrada nos escombros do Muro de
Berlim.
O PT jurídico, magnífica síntese político-ideológica do profundo
analista, jurista, intelectual Luiz Moreira, não tem consistência e coerência
ideológica, representatividade popular, nem teve interesse em opor-se à banca,
como vimos, com abundantes provas, na campanha e resultado eleitoral de 2018.
Certamente prosseguirá clamando aos ventos pela democracia e
pela civilização (sic).
No Duplo Expresso, terça-feira, 06/11/2018, foi-nos mostrada a
situação da geração de energia na França. Estamos diante de uma hecatombe
europeia, tramada à revelia da população em um país desenvolvido e colonizador.
O Estado Nacional francês optou, com as crises do petróleo dos
anos 1970, por investir na energia nuclear. Passados 40 anos, como é evidente,
estaria mais do que em tempo de realizar reformas, modernizações e
reestruturações. Mas, neste intervalo, o Estado Nacional foi tomado pela banca,
ou seja, por privatizações, pelo Estado Mínimo e, também, pela alienação de
empresas franceses para estrangeiros ou, como é atual, para os fundos de
investimentos plurinacionais e trlionários.
Hoje os franceses, sem mesmo terem informações transparentes e
corretas, estão às portas de apagões e explosões.
Um caso para os brasileiros
privatistas meditarem.
Resta-nos, os nacionalistas, que sempre colocamos o interesse
nacional acima de ideologias e partidos, das questões transversais e dos
interesses oligárquicos, que entendemos que os avanços só podem ser
consistentes e duradouros no País Soberano, identificar, apoiar e lutar pela
prevalência, pela supremacia do espírito nacional, onde ele estiver.
Agradeço a meu amigo, competentíssimo jornalista Carlos Alberto
(Beto) Almeida, as informações que me permitiram construir este artigo.
Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado
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